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Duas usinas do Litoral
Norte de Alagoas anteciparam a colheita e a moagem da cana de açúcar. Com isso,
quase três mil postos de trabalhos foram reativados, empregando trabalhadores
do campo que atuam, em sua maioria, no corte da cana.
A colheita segue em ritmo
acelerado. É o que demonstra a quantidade de caminhões que saem carregados das
lavouras e as filas que se formam no setor de descarregamento nas usinas Santo
Antônio e Camaragibe.
De acordo com a superintendente
industrial de uma das usinas, Renata Maranhão, o aumento de chuvas nos últimos
meses ajudou no crescimento da produção. “O rendimento industrial espera que a
produção seja 10% maior que no ano passado. Com isso, há uma redução do custo
de produção, algo que é favorável para a empresa”, diz.
Segundo a direção das
usinas, está sendo movimentado nesta safra mais de R$ 3 milhões por mês com
salários. Embora os cortadores estejam entre os que recebem valores menores, a
renda deles depende muito da produtividade diária de cada um.
É a garantia de comida na mesa e dias melhores para as famílias que ainda
enfrentam os efeitos da seca e do desemprego no campo. Luís e Janiel Santos,
pai e filho, vieram de Águas Belas, município do interior de Pernambuco. “Com
trabalho garantido, é sinal de salário no fim do mês. 'Troco' para levar para
casa e ajudar a família”, relata Luís Santos.
O setor ainda sente os efeitos da crise deixada pela seca que durou três anos e
foi considerada a pior em cinco décadas. Agora, as usinas esperam pelo menos
reestabelecer a produção e recuperar parte dos prejuízos financeiros. Este ano,
a usina Santo Antônio tem a expectativa de produzir quatro milhões de sacas de
açúcar e 65 milhões de litros de álcool.
O conselheiro do Sindaçúcar, José Carlos Maranhão, evidencia que a distribuição
regular das chuvas garantiu a boa safra e a geração de empregos em Alagoas.
“Este ano, estima-se que 60 mil postos de trabalhos sejam gerados. Com uma
produção melhor, é sinal de mais cana para colher, e mais trabalho e renda para
todo mundo”, completa.
As outras 17 usinas em operação no estado devem começar a produção de açúcar e
álcool até o final do mês de setembro.