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Uma quadrilha
especializada em roubo a bancos no Nordeste foi presa pela Polícia Civil da
Paraíba, durante a operação ‘Canga’, deflagrada nesta terça-feira (26). Os
mandados de prisão temporária foram cumpridos no município de Princesa Isabel,
no Sertão paraibano, e nos estados de Alagoas e Rio Grande do Norte. Em
Alagoas, os acusados teriam agido em Mata Grande, Sertão do estado, em dezembro
do ano passado.
Na ação, os
bandidos explodiram os caixas eletrônicos do Banco do Brasil que haviam sido
repostos três meses após outra investida criminosa. De forma ousada, eles ainda
encurralaram os três policiais militares que estavam de serviço na sede da 3ª
Companhia Independente, naquela cidade, e metralharam a única viatura, com
cerca de 80 tiros.
Foram presos
o comerciante Williams Xavier da Silva, de 39 anos e que teria repassado todas
as informações ao grupo, Francisco Gleison, 32, o ‘Peba’, Ivanildo Pereira, 35,
o Cabeção, e Régis Vagner Alves, 32. Já Francisco E. Gomes da Silva, de 28
anos, e Evanildo Galdino da Silva, conhecido como ‘Galego’, foram detidos em
Mossoró e Caraúbas – cidades do Rio Grande do Norte -, respectivamente.
Os seis
homens presos também são suspeitos de roubar duas agências bancárias em
Princesa Isabel, interior da Paraíba, em maio do ano passado, quando a cidade
foi cercada e a população ficou em pânico. A quadrilha já teria agido pelo
menos 12 vezes em seis estados do país, segundo a polícia.
O delegado
Cristiano Jacques coordenou a operação e informou que outros dois integrantes
do grupo foram mortos no ano passado – outros quatro já foram identificados.
Segundo ele, o grupo praticava assaltos com abordagens conhecidas como ‘novo
cangaço’.
O assalto
registrado no município de Princesa Isabel foi praticado por homens fortemente
armados e vestidos com roupas do Exército Brasileiro. Eles roubaram,
simultaneamente, as agências do Banco do Brasil e Bradesco, no Centro da
cidade, que tem cerca de 21 mil habitantes, segundo o IBGE. A quadrilha trocou
tiros com a polícia em uma ação que durou cerca de uma hora, deixando um rastro
de destruição na cidade.
Ainda segundo
a polícia, a prisão dos envolvidos impediu que novos assaltos fossem realizados
pela quadrilha, “tendo em vista que a quadrilha costuma repetir suas ações bem
sucedidas tempos depois”. De acordo com o delegado, no período em que a polícia
investigou o caso, a quadrilha não realizou nenhum roubo a banco.
De acordo com
as investigações – que contaram com o apoio das polícias da Bahia, Pernambuco e
Alagoas, além de agentes da Polícia Federal do Rio Grande do Norte -, o
patrimônio dos criminosos incluía casas, carros de luxos e chácaras, e o
Ministério Público vai solicitar a perda dos bens em favor do Estado. O grupo é
remanescente de uma quadrilha originária do final da década de 80 para início
de 90, segundo a polícia.
A imprensa
tentou contato com a Seção Especial de Combate a Roubo a Banco, da Polícia
Civil de Alagoas, na tentativa de confirmar a identificação dos acusados, mas
não obteve êxito.