cadaminuto //
anna cláudia almeida
Quatro anos após presenciar o assassinato da tia e ser jurado de morte pelos criminosos, Walter Anderson Pereira da Silva, 24 anos, foi executado a tiros, na tarde desta quarta-feira (20), no bairro do Jacintinho, em Maceió. O crime aconteceu na esquina da rua onde morava.
Bastante abalados com a morte, familiares contaram à polícia que Walter Anderson estava em casa e saiu para comprar macaxeira no cruzamento entre a Rua Santa Luzia e Avenida Cleto Campelo; em seguida, o jovem iria jogar bola com amigos. Poucas pessoas falaram sobre a ação criminosa, mas de acordo com o que foi apurado, a vítima foi surpreendida pelos disparos fatais que o atingiram na cabeça. Após o crime, os assassinos fugiram em direção a uma grota.
Jéssica de Lima Nascimento, esposa de Walter Anderson com quem tinha três filhos, contou à imprensa que quando o companheiro saiu de casa, ela foi para a porta da residência e pouco tempo depois ouviu os disparos. Sem saber o que estava acontecendo, ela retornou para dentro de casa com os filhos.
Quando viu o corpo do filho na calçada, a mãe desesperada disse que desde a morte da tia que Walter Anderson era ameaçado por ter testemunhado contra o criminoso e que a polícia e Força Nacional sabiam o que estava acontecendo e nada foi feito. A partir daquele momento a vida de Walter Anderson era marcada pelo medo de ser morto.
Um grande
número de policiais militares do Batalhão de Eventos (BPE) esteve no local do
crime e de acordo com informações da polícia, a vítima chegou a ser indiciada
por alguns crimes cometidos na capital alagoana.
Muitos curiosos observavam a cena do crime, enquanto policiais tentavam organizar o local para evitar que o trânsito no bairro fosse interrompido. Apesar disso, o congestionamento registrado no final de tarde era bastante intenso.
Equipes do
Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML)
foram acionados para realizar os procedimentos cabíveis e fazer o recolhimento
do corpo. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil de Alagoas.