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Duas áreas desmatadas de Mata
Atlântica foram encontradas hoje (6) por policiais do Batalhão de Polícia
Ambiental (BPA) em uma área rural do município de São Miguel dos Milagres, Litoral Norte do estado.
No local, havia grande número
de árvores derrubadas, as quais os troncos estavam sendo utilizados para
fabricação de caieiras, amontoados de madeira queimada que servem para produzir
carvão. O cheiro intenso de queimado e a fumaça foram alguns dos indicadores da
atividade ilegal na região.
Segundo os policiais do BPA,
seriam retirados do local cerca de 10 metros cúbicos de carvão. Para isso,
foram desmatados 30 metros cúbicos de madeira de árvores nativas da Mata
Atlântica.
No entanto, apesar de terem sido encontradas duas caieiras em funcionamento,
sendo uma já montada, e dois acampamentos no local, não foram encontrados
homens trabalhando. Os policiais constataram que os trabalhadores haviam
deixado a área pouco antes da chegada do Batalhão, pois havia vestígios, como
restos de comida e uma pequena fogueira recém apagada.
Em uma segunda área de Mata
Atlântica vizinha, os militares descobriram mais devastação. Dessa vez, 12
homens estavam no local. De acordo com os trabalhadores, as árvores foram
derrubadas para fabricação de cercas para a fazenda e eles não sabiam que se
tratava de crime ambiental.
Segundo o soldado André
Ramos, do Batalhão de Polícia Ambiental, o caso será encaminhado para o
Instituto do Meio Ambiente de Alagoas(IMA) e para o Ministério Público
Estadual (MPE) para evitar que mais desmatamento ocorra. “Nós vamos preparar o
relatório, vamos encaminhar para o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas. Vamos
encaminhar também uma cópia para o Ministério Público, para que o proprietário
dessa área ambiental, se tem conhecimento daquela destruição, seja multado e
sejam aplicadas as sanções da lei”, afirma.
Três trabalhadores foram
encaminhados para a delegacia de São Miguel dos Milagres, porém, como não houve
flagrante, ninguém foi preso. O delegado declarou que irá abrir inquérito para
apurar a responsabilidade dos donos das fazendas.