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O delegado Nivaldo
Aleixo, da Polícia Civil alagoana, revelou hoje ao TNH1 que Álvaro Vieira
Melo Cativo, preso na
última terça-feira (22) tentando aplicar um golpe de R$ 2 milhões em Maceió, é
suspeito de integrar uma quadrilha internacional de estelionatários, que
já enviou até material radioativo aos Estados Unidos.
A remessa de
urânio radioativo foi feita junto com cascalho, para enganar vítimas do golpe
no país norte-americano, que teriam pago por uma carga de
tantalita, minério usado na confecção de equipamentos eletrônicos. O fato
é investigado pela Polícia Federal.
Segundo o delegado
Nivaldo Aleixo, o golpe já foi aplicado por Álvaro contra vítimas de outros
países. “Numa dessas cargas, ele enviou, sem saber, urânio radioativo, usado
para geração de energia e para a produção de bomba atômica. Esse inquérito está
sendo investigado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro”, revelou.
A quadrilha da
qual Álvaro pode fazer parte já aplicou golpes até em países do Oriente. “No
nosso levantamento nós descobrimos que ele já aplicou esse golpe em outros
países, além de Brasil e EUA. À medida que a investigação foi se aprofundando,
nós encontramos vestígios de que esse golpe também aconteceu na Coréia do Sul e
na China”, surpreendeu o delegado.
Álvaro Vieira Melo
Cativo será indiciado pela venda do minério falso, nos crimes de remessa de
material radioativo, e crime contra o sistema de saúde. Nivaldo Aleixo informou
ainda que ele também poderá responder por estelionato, falsificação de
documentos federais e formação de quadrilha.
Após a conclusão
do flagrante realizado esta semana, o delegado informou que vai remeter o
processo à Polícia Federal, quando pedirá ainda que a Polícia Internacional
(Interpol) seja acionada para investigar os crimes cometidos fora do Brasil.
Pessoas que foram
vítimas do golpe em outros estados estão vindo a Alagoas para fazer o
reconhecimento de Álvaro Vieira Melo Cativo. Segundo o delegado, até uma
tradutora foi convidada a prestar depoimento sobre o caso, já que ela havia intermediado
a negociação com a ramificação internacional da quadrilha que Álvaro Vieira
Melo Cativo é acusado de integrar.
Sobre o crime de
estelionato, pelo qual Álvaro foi preso, o delegado revelou que a fraude já
passa de R$ 100 milhões em todo o Brasil. Uma única empresa de Pernambuco
investiu R$ 26 milhões no golpe do minério falso. Em Alagoas, o golpe foi
descoberto no início e já havia rendido à quadrilha mais de R$ 2,5 milhões.
O caso está sendo
investigado no 9º Distrito Policial de Maceió. O delegado informou que as
vítimas foram à Superintêndência da Polícia Federal (PF), em Maceió, onde
prestaram queixa contra Álvaro, mas a assessoria de comunicação do órgão
informou que o caso ainda não é atribuição da PF, e que está sendo investigado
pelas polícias estaduais.