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Maceió
25/07/2014 14:30:08

Quadrilha enviou material radioativo para os Estados Unidos

Quadrilha enviou material radioativo para os Estados Unidos
Ilustração

tudonahora //

O delegado Nivaldo Aleixo, da Polícia Civil alagoana, revelou hoje ao TNH1 que Álvaro Vieira Melo Cativo, preso na última terça-feira (22) tentando aplicar um golpe de R$ 2 milhões em Maceió, é suspeito de integrar uma quadrilha internacional de estelionatários, que já enviou até material radioativo aos Estados Unidos.

A remessa de urânio radioativo foi feita junto com cascalho, para enganar vítimas do golpe no país norte-americano, que teriam pago por uma carga de tantalita, minério usado na confecção de equipamentos eletrônicos. O fato é investigado pela Polícia Federal.

Segundo o delegado Nivaldo Aleixo, o golpe já foi aplicado por Álvaro contra vítimas de outros países. “Numa dessas cargas, ele enviou, sem saber, urânio radioativo, usado para geração de energia e para a produção de bomba atômica. Esse inquérito está sendo investigado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro”, revelou.

A quadrilha da qual Álvaro pode fazer parte já aplicou golpes até em países do Oriente. “No nosso levantamento nós descobrimos que ele já aplicou esse golpe em outros países, além de Brasil e EUA. À medida que a investigação foi se aprofundando, nós encontramos vestígios de que esse golpe também aconteceu na Coréia do Sul e na China”, surpreendeu o delegado.

Álvaro Vieira Melo Cativo será indiciado pela venda do minério falso, nos crimes de remessa de material radioativo, e crime contra o sistema de saúde. Nivaldo Aleixo informou ainda que ele também poderá responder por estelionato, falsificação de documentos federais e formação de quadrilha.

Após a conclusão do flagrante realizado esta semana, o delegado informou que vai remeter o processo à Polícia Federal, quando pedirá ainda que a Polícia Internacional (Interpol) seja acionada para investigar os crimes cometidos fora do Brasil.

Pessoas que foram vítimas do golpe em outros estados estão vindo a Alagoas para fazer o reconhecimento de Álvaro Vieira Melo Cativo. Segundo o delegado, até uma tradutora foi convidada a prestar depoimento sobre o caso, já que ela havia intermediado a negociação com a ramificação internacional da quadrilha que Álvaro Vieira Melo Cativo é acusado de integrar.

Sobre o crime de estelionato, pelo qual Álvaro foi preso, o delegado revelou que a fraude já passa de R$ 100 milhões em todo o Brasil. Uma única empresa de Pernambuco investiu R$ 26 milhões no golpe do minério falso. Em Alagoas, o golpe foi descoberto no início e já havia rendido à quadrilha mais de R$ 2,5 milhões.

O caso está sendo investigado no 9º Distrito Policial de Maceió. O delegado informou que as vítimas foram à Superintêndência da Polícia Federal (PF), em Maceió, onde prestaram queixa contra Álvaro, mas a assessoria de comunicação do órgão informou que o caso ainda não é atribuição da PF, e que está sendo investigado pelas polícias estaduais.