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O estampido de um tiro provocou tumulto e suspendeu a eleição para escolha do novo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas na manhã desta terça-feira (22). Um policial militar, identificado apenas como sargento Silva, atirou na própria cabeça e foi socorrido por funcionários que estavam na sede do tribunal, no centro de Maceió.
A informação de tentativa de suicídio foi confirmada por servidores do próprio TJ.
Após ser baleada, a vítima foi levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, em um veículo modelo Polo. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas, quando chegou ao local, o militar já havia sido socorrido.
Informações passadas por testemunhas dão conta de que o tiro atingiu a testa e saiu por trás da cabeça. De acordo com o desembargador Tutmés Airan, o militar teria falado em sequestro. "Ele falou que a mulher e o filho tinham sido sequestrados, mas o filho trabalha aqui", disse Tutmés.
O policial estava delirando e afirmava que "era inocente e que estava pagando sem dever, mas só queria os filhos bem". A vítima trabalhava como agente de segurança do desembargador João Luiz.
Os desembargadores chegaram a discutir a retomada ou não da sessão para a escolha do novo desembargador do pleno. Washington Luiz divergia dos demais pares, alegando "ser necessário o retorno das atividades". Já o desembargador João Luiz citou que a sessão "deveria ser suspensa porque o caso envolveu um colega". Ao final do debate, a Corte decidiu pelo encerramento das atividades.