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Joaquim Gomes
22/07/2014 08:34:30

Polícia usa bomba e bala de borracha para desocupar prefeitura de Joaquim Gomes

Polícia usa bomba e bala de borracha para desocupar prefeitura de Joaquim Gomes
POM usou a força para retirar manifestantes da Prefeitura

tudonahora //

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O clima em Joaquim Gomes ficou tenso e a polícia precisou usar a força para retirar cerca de 80 famílias de trabalhadores rurais do Movimento de Libertação do Sem Terra (MLST) que ocupavam a sede da Prefeitura de Joaquim Gomes, na região Norte de Alagoas, desde as 8h desta segunda-feira (21).

  

Por volta das 13h, quando os trabalhadores rurais preparavam o almoço, policiais da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar, comandados pelo capitão Pantaleão, se aproximaram do local e utilizaram bombas de efeito moral e balas de borrachas para dispersar os manifestantes. Pelo menos sete pessoas ficaram feridas. 

Segundo os trabalhadores rurais, houve excesso por parte dos PMs. Eles denunciam que a PM teria agido de forma arbitrária, atingindo mulheres e colocando em risco crianças que também faziam parte do movimento. Um dos coordenadores do MLST, identificado como Júnior, foi atingido na pernapor uma bala de borracha.
 
O capitão Pantaleão disse que a ação foi necessária, e que só ocorreu depois de tentativas de negociações. "Tentamos conversar e no dialogo não encontramos alternativa, já que não quiseram liberar o local, que ficou com seus serviços suspensos. Isso acarretaria prejuízo, pois a folha de pagamento está em fase de conclusão e os manifestantes estariam perturbando a ordem pública”. disse o militar.

 

O capitão nega qualquer ação abusiva da polícia e diz que em momento algum s polícia fez uso  de arma de fogo. "Não agredimos ninguém, apenas cumprimos o dever de manter o estabelecimento público pronto para atender a população. afirmou o capitão.

 

No hospital, várias pessoas estavam feridas, entre elas, uma senhora de 50 anos, moradora do assentamento Brasília. Maria Sônia está no quarto mês de gestação. No tumulto, ela acabou desmaiando.

 

Cícera Maria da Silva, 56 anos, é uma das assentadas do assentamento Flor da Serra. Ela teve um ferimento no pé, após ser atingida, “Eles me pegaram de surpresa, nunca imaginava que iriam fazer aquilo, então estou muito chocada e o que estava fazendo era somente cobrando nossos direitos”. Contou.

 

O capitão, procurou a reportagem para mostrar garrafas de bebidas alcóolicas, segundo ele, encontradas dentro da prefeitura. Ele acusa os manifestantes de ter consumido álcool durante a ocupação. Líderes do MLST negaram e disseram que a bebida estava dentro de um dos carros e que a policia está buscando meios de incriminar um movimento justo e pacífico.