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natália gomes
Aproximadamente 250 famílias sem-terra de cinco acampamentos localizados na zona rural de Joaquim Gomes ocuparam a prefeitura da cidade, na manhã desta segunda-feira (21). Eles, que integram o Movimento de Libertação do Sem Terra (MLST), protestam contra o não cumprimento de melhorias que haviam sido acordadas entre os trabalhadores rurais e a prefeitura. De acordo com os manifestantes, a Polícia Militar de Alagoas chegou a lançar bombas de efeito moral para dispersar a mobilização.
"A gente tinha feito um acordo com o prefeito [Toinho Batista (PSDB)], antes de ele ser afastado, em novembro do ano passado. Queríamos investimentos em saúde, educação, infraestrutura nos nossos acampamentos. Ele tinha concordado que faria, mas foi afastado do cargo. A vice-prefeita [Ana Genilda Costa Couto (PMDB)] que assumiu também chegou a se reunir com a gente e também falou que atenderia aos nossos pedidos", disse a integrante do movimento identificada como Catiane.
"Até agora nada que eles prometeram foi cumprido, então viemos para a prefeitura conversar, pacificamente", completou. É a terceira vez que o grupo ocupa a prefeitura em menos de um ano.
Segundo ela, quando o grupo chegou no local os militares jogaram bomba de efeito moral para dispersá-los. "Eles chegaram com bastante uso de força, um deles machucou meu braço porque eu estava tirando foto".
O sargento Welington, da 2ª Companhia Independente de Joaquim Gomes confirmou que tem uma equipe da polícia no local, mas não soube informar mais detalhes. A reportagem do G1 ligou para a prefeitura, mas ninguém atendeu às ligações.