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Desde que os municípios alagoanos aderiram ao programa Mais Médicos do
governo federal, em 2013, 24 brasileiros desistiram de atuar no Estado. Segundo
a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas
(Cosems-AL), Normanda Santiago, os médicos alegaram diversos motivos como a
carga horária excessiva, que é de 40 horas semanais, e outros fatores como
passar em residências ou preferir atuar nas capitais.
Atualmente existem cerca de 185 profissionais do programa Mais Médicos em
Alagoas entre brasileiros, intercambistas e cooperados, distribuídos nas dez
Regiões de Saúde do Estado. São 13 brasileiros, 4 intercambistas individuais e
168 cooperados/cubanos. Todos os 64 municípios que fizeram adesão ao programa,
foram contemplados.
O Ministério da Saúde não sinaliza, no momento, a possibilidade de abertura
para novas adesões e novas alocações nos municípios que já realizaram adesão.
"Não existe uma reserva técnica para os brasileiros, sendo assim os
municípios que perderam médicos brasileiros ficarão sem profissionais",
explica Normanda Santiago.
Capital recebe dois
médicos
A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) informou, na última
quarta-feira (2), que o município receberá o reforço de dois médicos cubanos
que fazem parte do programa do governo federal Mais Médicos.
Segundo a Secretaria
Municipal de Saúde, ainda no mês de julho os profissionais devem começar a
atuar nas unidades de saúde Sérgio Quintela e Caic Virgem dos Pobres,
localizadas no Conjunto Santa Lúcia e no bairro do Vergel, respectivamente.
De acordo com o secretário adjunto de saúde do município, Eugênio Leite Costa,
os médicos atuarão durante dois anos exclusivamente no atendimento a pacientes
da atenção básica. A responsabilidade com a alimentação e moradia destes
profissionais também ficará a cargo do município.
“Com essa iniciativa,
oferecemos um atendimento de qualidade para as comunidades que enfrentavam
problemas com a ausência de clínicos nas unidades de saúde”, explica o
secretário.