tudonahora //
erick farias
Uma denúncia na
Central de Flagrantes de Maceió, a abertura de investigação pela Polícia Civil
de Alagoas, e um golpe de extorsão disfarçado de encontro amoroso, que tem
feito vítimas dentro de supermercados da capital, foi desvendado nesta
sexta-feira (27), com a prisão do suspeito.
Gérson Alves
Vieira é apontado pela Divisão Especial de Investigações e Capturas da Polícia
Civil como estelionatário e pode ainda responder por sequestro. O golpe já
teria sido aplicado por ele nos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Ceará e, agora, Alagoas.
Conforme
apontaram as investigações, o criminoso aliciava vítimas, geralmente do sexo
masculino - em banheiros de três supermercados de Maceió, e as convidava para
irem a outro local, onde manteriam relações sexuais.
Segundo o
delegado Fabrício Lima, no local indicado pelo acusado, que era uma espécie de
cativeiro, a vítima ficava sob a mira de uma arma e era obrigada a tirar as
roupas e passava a ser filmada e fotografada nua. Em seguida, o criminoso
passava a ameaçar enviar as imagens para familiares, inclusive para as esposas,
e postar nas redes sociais.
Para evitar a
exposição, as vítimas acabavam sendo extorquidas e entregavam ao acusado
cartões de crédito, cheques e dinheiro, que ele usou para comprar aparelhos de
som, micro-ondas, televisores, perfumes, celulares, tablets, computadores e
outros objetos.
A polícia
conseguiu apreender parte do material, e ainda encontrou cheques de vítimas com
Gérson. Ele foi preso no Alto da Colina, no bairro do Tabuleiro do Martins,
parte alta de Maceió.
O filho de
Gerson Alves, menor de idade, também foi preso apontado como comparsa do pai
nos golpes. O grupo teria um terceiro integrante, que está foragido.
Gérson possui um
mandado de prisão em aberto por estelionato, emitido pela Justiça de Currais
Novos, no Rio Grande do Norte.
Ele confessou o
crime e disse que era garoto de programa.
Em Alagoas, ele
será autuado pelo mesmo crime e a polícia avalia se pode enquadrá-lo em
sequestro, já que a vítima que denunciou o golpe na Central de Flagrantes disse
que passou dois dias em cativeiro.