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Uma
foto postada em uma rede social causou revolta entre os moradores de Morro
Agudo (SP). Na imagem, o estudante Robson Pereira, de 19 anos, aparece
simulando um ato sexual com uma estátua de São José, padroeiro da cidade.
Câmeras de segurança da paróquia que leva o nome do santo flagraram o
comportamento do jovem, que se diz arrependido. “Eu não quis desrespeitar
ninguém, achei que fosse uma obra comum, não algo religioso”, diz. A
brincadeira acabou virando caso de polícia.
O
caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (23). O vídeo feito pelas câmeras
de segurança mostra Pereira reunido com um grupo de amigos na praça onde fica a
estátua do santo. Na sequência, o jovem aparece escalando o pedestal que
sustenta a imagem, e se coloca atrás dela. Ele faz um gesto, enquanto os
colegas o fotografam.
Uma
das fotos foi parar em uma rede social, postada até mesmo pelo próprio
estudante. A imagem ganhou repercussão e despertou a indignação dos fiéis de
Morro Agudo. “Foi um ato de vandalismo e de verdadeira falta de respeito a
nossa religião. Feriu a nossa fé. Temos adoração a São José por ele ser
padroeiro da cidade. Não sei porque ele [Pereira] fez isso. Foi de muito mau
gosto”, critica a farmacêutica Michelle de Carvalho.
Apesar
do gesto e da confusão, o estudante alega que a publicação não tem conotação
sexual e que foi apenas uma brincadeira, sem a intenção de falar mal da igreja
católica. Pereira diz que não sabia que a estátua era de um santo, muito menos
do padroeiro da cidade. “No momento eu não pensei em nada. Na minha cabeça, a
estátua era algo comum, não era nada religioso, achei que fosse só decorativo.
Não sabia do santo. Achei que São José fosse só uma corrida que tem às vezes
por aqui. Não quis ofender e nem desrespeitar ninguém.”
Após
perceber a polêmica que havia causado, o jovem publicou um pedido de desculpas
em sua página na rede social. “Eu peço perdão a todo mundo aqui, não quero que
as pessoas fiquem chateadas comigo.”
Desrespeito
O
padre Sílvio César Aguilar registrou uma queixa na polícia. Apesar de entender
que o ato foi de desrespeito, O religioso acredita que o jovem não tinha noção
do que estava fazendo. “Espero que isso sirva de lição para ele, para mostrar
que tem que respeitar as pessoas, o patrimônio público e a religião”, afirma.
De
acordo com o delegado responsável pelo caso, João Baptistussi Neto, a atitude
do rapaz pode caracterizar crime contra a religião, previsto no artigo 208 do
Código Penal. A pena varia de um mês a um ano de reclusão ou pagamento de
multa.