Logo mais as 9:30 horas, os quinze vereadores de União dos Palmares tomarão conhecimento e votarão o relatório final dos quatro vereadores integrantes da Comissão Especial de Investigação que apura possíveis irregularidades nas pastas de Educação e Saúde do município em reunião prevista para acontecer na Câmara Municipal em sessão aberta ao público.
Neste momento, é grande a movimentação nas imediações do prédio do Poder Legislativo mesmo porque a votação vai pôr em xeque o apoio a fidelidade da bancada dos legisladores que apóiam a atual administração (o chamado Grupo G7) que vem mantendo constantes embates com o G8 (grupo opositor). Para que o médico seja afastado das funções de gestor municipal será necessário o voto de no mínimo mais dois vereadores estranhos ao grupo de oposição, o que dificilmente deve ocorrer segundo disse a TRIBUNA UNIÃO um observador político e ex-vereador do município.
‘As questões levantadas pela oposição vão demonstrar a comunidade quais os vereadores que têm condições de permanecer no cargo. Se na votação, que será nominal – caso haja fórum – alguém da bancada do governo denegar o prefeito, o fato se caracteriza traição, o que acho muito difícil acontecer’ disse o experiente político.
Uma fonte do Judiciário local que pediu a preservação do anonimato disse que mesmo se o Prefeito for afastado, ainda cabe recurso em instancia superior – a partir do Fórum de Justiça local onde se o Dr. Carlos Alberto for derrotado também caberá recurso junto ao TJ. A disputa jurídica, se houver, somente deve terminar caso seja aprovado o relatório da CEI no STJ.
Outra duvida de legalidade é que os trabalhos da CEI foram conduzidos pelo Vereador José Raphael Pedrosa que é sobrinho do Vice Prefeito do município agropecuarista Eduardo Pedrosa (que está rompido politicamente com o atual prefeito). Questiona-se se os trabalhos seriam validados pela Justiça mesmo porque no Mandado expedido pela 3ª Vara de Justiça para seqüestro dos documentos nas duas secretarias denunciadas houve a participação de pessoas estranhas a policia e familiares do vice-prefeito, fato já contestado pela assessoria jurídica da municipalidade.
Literalmente, apesar da feira livre, a cidade está parada aguardando a votação. Paralelo ao que pode ocorrer na manhã de hoje, muitos rumores – alguns desencontrados e sem fundamento - cercam o assunto que segundo os historiados é único em toda história do município.
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