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O Google vai anunciar um novo recurso de saúde chamado Google Fit durante o I/O, evento para desenvolvedores, que acontece nos Estados Unidos entre os dias 25 e 26 de junho, informou nesta sexta-feira o site da revista Forbes. O serviço vai coletar e agregar dados de aplicativos que monitoram a saúde das pessoas — caso do RunKeeper, por exemplo.
O objetivo da empresa é se posicionar como um concorrente de peso para a Apple, que anunciou na última semana o aplicativo Health, que reúne informações coletadas por outros programas de saúde e atividade física utilizados no iPhone ou em dispositivos "wearable". Em maio, a Samsung anunciou a Sami, uma plataforma biométrica que também reúne dados criados a partir de apps e acessórios, como as famosas pulseiras inteligentes.
O Google Fit vai agregar informações graças a uma API (application programming interface, ou interface de programação de aplicações), que conecta o serviço à fonte dos dados. O buscador anunciará parcerias com fabricantes de apps e gadgets do segmento durante o evento deste mês. De acordo com a revista americana, o Google Fit permitirá que os dispositivos que registram passos e frequência cardíaca armazenem dados nos serviços de nuvem do buscador.
A nova aposta do Google pode
funcionar como um recurso adicional da próxima versão do Android, sistema operacional
da empresa, ou ainda apenas como um aplicativo independente que poderá ser
baixado por usuários Android para seus smartphones e tablets. O objetivo da
empresa é aproveitar o encontro com os desenvolvedores neste mês para discutir
alternativas para explorar a integração do Google Fit com outros aparelhos e
programas.
Privacidade — O desenvolvimento de plataformas de saúde é um desafio delicado para toda a indústria. O problema central é como esse processo compromete a privacidade já que ainda não existem mecânicas definidas para trabalhar e armazenar dados sensíveis como os de saúde. O próprio Google desenvolveu um serviço nessa área, mas desistiu do projeto em 2012.
Apple, Samsung e Google
enxergam nesses dados o próximo passo de seus sistemas. Todos eles, sem
exceção, buscam se conectar aos dispositivos, cujos sensores captam dados que
refletem a saúde do usuário. Nos próximos anos, o número de acessórios capazes
de captar informações sobre o corpo tende a aumentar de forma considerável,
graças ao desenvolvimento das tecnologias "wearable", que não só
estarão em nossos relógios, mas também em nossas roupas, tênis e óculos.