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Preso há
dois meses, o doleiro Alberto Youssef é protagonista da Operação Lava-Jato,
deflagrada em março e que desmontou esquema de lavagem de dinheiro que envolveu
mercado clandestino de câmbio e movimentou cerca de R$ 10 bilhões, conforme a
Polícia Federal. O grupo chefiado pelo doleiro é acusado de lavar dinheiro para
o tráfico de drogas e desviar recursos públicos.
Após a
operação, documentos e interceptações telefônicas da Polícia Federal apontaram
relação entre o doleiro Alberto Youssef e os deputados federais André Vargas
(sem partido-PR), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Na semana
passada foram identificados oito comprovantes de depósitos para o senador
Fernando Collor, que ainda não se manifestou. Esta semana a Revista Veja traz
novidades que incluem mais dois alagoanos entre os políticos que teria relação
com o doleiro. O senador Benedito de Lira, pré-candidato ao governo, e seu
filho o deputado federal Arthur Lira, ambos do PP de Alagoas.
A Revista
Veja obteve os registros de entrada do prédio de Alberto Youssef, numa área
nobre da Zona Oeste de São Paulo e descobriu que o doleiro recebeu a visita de
oito deputados, entre eles, Arthur Lira, do PP.
Já o
colunista Lauro Jardim, titular da coluna painel, diz que que Youssef indicou o
atual presidente da CBTU, Francisco Colombo. O órgão é comandado pelo senador
benedito de Lira, conforme já foi divulgado, inclusive pelo próprio.
Ainda de
acordo com a Veja A base de operação do doleiro era também ponto de
peregrinação de políticos de partidos sabidamente envolvidos em tramoias
financeiras.
As
investigações já revelaram que empresas-fantasma controladas por Youssef
recebiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de algumas das mais
importantes empreiteiras do país.
O
dinheiro que entrava de um lado, por meio de contratos simulados de
consultoria, saía por outro na forma de repasses a políticos e partidos. Os
mesmos políticos e partidos que indicavam os apadrinhados que contratavam as
empreiteiras pagadoras.