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cláudia galvão
A
sequência de decisões jurídicas antagônicas (quatro) sobre as eleições para a
Mesa Diretora da Casa de Mário Guimarães acirrou as disputas internas – e
familiares. Na manhã desta sexta-feira, dia 23, quando deveria ocorrer a
eleição para o próximo biênio, após determinação do desembargador Klever
Loureiro, o vereador Antonio Holanda e o pai de Chico Filho (presidente da
Casa), Francisco Holanda, se agrediram.
A
confusão teve início quando a vereadora Tereza Nelma (PSDB) pediu a fala para
se posicionar contra a antecipação da eleição. Antonio Holanda, que presidia a
sessão mesmo com a presença de Chico Filho em plenário, cortou o áudio e disse
que não iria permitir a fala da colega. O pai de Chico Filho, Francisco
Holanda, foi até Antonio Holanda e o empurrou da sua cadeira.
O tumulto causou mal-estar e expôs, ainda mais, o racha dentro do legislativo municipal. Após o tumulto, a eleição foi suspensa com base em nova decisão do juiz Marcelo Tadeu. Tadeu e Klever Loureiro estão emitindo pareceres diferentes desde o começo da semana quanto à realização das eleições da casa.
O deputado Dudu Holanda, que já presidiu a Casa e é filho de Antonio Holanda, tentou entrar no plenário, mas foi impedido pela segurança da Casa.
Após o adiamento da eleição, Chico Filho concedeu entrevista coletiva à imprensa e lamentou o episódio. Confirmou ‘problemas familiares’ com o tio e disse que na condição de presidente da Casa buscou apenas seus direitos na Justiça. Abatido, classificou o episódio como lamentável e avaliou que a antecipação da eleição irá trazer malefícios para o legislativo.
Na prática, a disputa dentro da Câmara antecipa o pleito deste ano, com Chico Filho apoiando o grupo do senador Benedito de Lira (PP), e Kelman Vieira e demais insatisfeitos apoiando o grupo do deputado Renan Filho (PMDB).
A
eleição foi adiada para a próxima terça-feira, dia 27, salvo nova decisão
judicial.