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Seis grandes universidades
americanas estão disputando um jovem de Ourinhos (SP). Jessé Leonardo Justino, de
17 anos, fez parte dos estudos em escola pública e foi aprovado em seis
universidades das treze em que se inscreveu. E todas com bolsa de estudos.
O estudante foi aprovado na
Standford University, que fica na Califórnia; na Columbia University, que fica
em Nova Iorque; a New York University, que é norteamericana, mas tem o campus
em Abu Dhabi; na Skidmore College, em Saratoga Springs, Nova Iorque; Middlebury
College, que fica em Middlebury, Vermont e Minerva University, que fica em São
Francisco.
Além das universidades
americanas, o jovem foi selecionado para participar do Millennium Youth Camp,
um acampamento tecnológico que ocorrerá em junho na Finlândia, que possibilita
uma vaga na universidade de Helsinki e foi aprovado na universidade Unioeste,
faculdade de medicina de Francisco Beltrão (PR).
(Correção: na publicação
desta reportagem, o
G1 errou
ao informar que Jessé Justino foi aprovado em 7 universidades americanas. Ele é
disputado por 6 instituições dos EUA e também tenta vaga em uma universidade da
Finlândia. A informação foi corrigida às 13h02).
“Penso seriamente em tentar
encontrar soluções para conseguirmos continuar nos desenvolvendo
tecnologicamente de uma maneira mais sustentável. A gente não pode consumir
recursos naturais de forma desenfreada pra sempre. Os recursos são limitados e
a gente precisa mudar alguma coisa. Realmente penso em atuar nesse sentido e
também poder fazer que muitos outros brasileiros tenham acesso e oportunidades
como as que eu tive”, completou o estudante.
Ele é o filho mais novo de
quatro irmãos. O pai, Francisco Cândido Neto, é ferroviário e, a mãe Elisa
Justino da Silva Cândido, que é funcionária pública e trabalha em uma escola.
“Sempre estudou e gostava de estudar. Isso sempre por conta dele”, diz o pai.
Todos os filhos fizeram parte
do ensino fundamental em escola pública e tiveram bolsa integral para o ensino
médio em colégio particular. O curso superior também foi feito em universidades
públicas. Jessé conquistou vaga nos Estados Unidos. “[Ele] Tem o sonho de fazer
uma faculdade lá fora. Tem que ir porque educação é tudo na vida da gente. Tem
que buscar sempre o melhor”, enfatiza a mãe.
O inglês necessário para estudar fora ele aprendeu durante o ensino médio e fez
uma prova em uma escola de idiomas. Ele recebeu um convite para fazer o curso
sem pagar nada e sempre foi um bom aluno. “Participei de olimpíadas avançadas
em física na USP São Carlos, Unicamp, e de engenharia mecatrônica na Poli/USP”,
conta Jessé.
Brasileiros no
exterior
Jessé vai elevar o número de estudantes brasileiros matriculados em
universidades norte-americanas. No ano letivo 2012 -2013, o número cresceu
20,4% em relação ao período anterior. São 10.868 pessoas buscando um diploma em
universidades americanas. O resultado empurrou o país da 14º para a 11ª posição
no ranking dos países que mais enviam alunos para os Estados Unidos. Quem não
tem condições financeiras precisa se dedicar para conseguir uma bolsa.
Renata Moraes é gerente de
educação em uma entidade mantida por investidores que oferece gratuitamente 50
bolsas preparatórias por ano . Ela explica que a fundação existe há 23 anos e
somente em 2014 ajudou 64 estudantes a entrarem em universidades americanas.
Jessé mais uma vez prestou uma prova e conseguiu de graça a preparação que
precisava para estudar fora do país. “A gente sempre está procurando alunos que
tiveram notas excelentes e que têm histórico pessoal de grande superação.
Exatamente esse tipo de aluno que a gente procura para oferecer essas 50 bolsas
de preparação todos os anos”, diz.