PC de Murici descobre buraco na parede de uma das celas e evita fuga em massa

Agentes do 116º distrito policial de Murici impediram no final da tarde desta quinta feira (14) que quatorze pessoas detidas e presas fugisse em massa da carceragem, ao descobrir a abertura de um buraco próximo a um tanque com água que começou a ser aberto em uma cela das quatro daquele distrito. A fuga não se concretizou por dois motivos: os pretensos fugitivos não imaginaram que na saída do buraco existisse o tanque de plástico e a pronta ação dos policiais civis.

Segundo apurou a imprensa, existe uma cela isolada pelo estado de insalubridade que se encontra por ser usada como sanitário, e ser depósito de fezes, urina, resto de comida e garrafas pet de refrigerantes no local destinado a ser o sanitário da dependência. O amontoado de lixo e excrescência humana provocou a presença de vermes (conhecidos popularmente como tapurus).

Dentre os presos, existem quatro menores acusados de trafico de drogas que estão detidos no corredor em companhia de duas mulheres adultas: Maria José da Silva vulgo ‘Ninha’ de 43 anos de idade, casada, mãe de 3 filhos,  que está sendo acusada de formar e liderar uma quadrilha de assaltantes composta inclusive de parentes, ramificada em Branquinha e que agia na região. Segundo informações, ela e seu bando a cerca de um mês atentaram contra a vida de um morador que milagrosamente escapou de uma saraivada de balas em companhia de um filho menor. Outra adulta é a mulher Fabiana da Silva Cardoso de 22 anos, casada, residente no Bairro Alto do Cruzeiro em São José da Laje que responde pelo trafico de drogas naquela cidade segundo ela mesmo disse a TRIBUNA UNIÃO.

Os demais presos (07) que segundo a policia são maiores de idade estão sendo acusados de diversos crimes entre latrocínios, assaltos a mão armada e trafico de drogas e estão em duas celas cujas paredes estão mofadas e exalam forte mau cheiro em função dos sanitários que estão entupidos. Os presos dormem em colchonetes no chão.

Um menor que não pode ser identificado ao pressentir a presença da reportagem disse em tom de desabafo: ‘Doutor, nos erramos, chego a reconhecer isso, mas aqui em Murici só tem emprego para os parentes dos políticos e filhinhos do papai. Nós da periferia somos esquecidos e para arrumar um troca, só vendendo droga. Agora, depois do que foi visto aqui a imprensa e o povo acham que, eu e meus colegas de cadeia merecem pagar um preço tão alto? Cadê o governo, cadê a Justiça’. Após o desabafo, o menor ficou com os olhos marejados.

Como não tem para onde remover as pessoas detidas, (a Delegacia de União está interditada pela Justiça, a UIM está lotada e os processos contra os maiores se encontram em andamento na Justiça) o que resta ao Delegado Valter Nascimento a principio é providenciar uma limpeza no local,  desentupir os sanitários e continuar mantendo menores em companhia de acusados maior de idade e acusados de crimes em celas insalubres.

redação //