Município de Branquinha, AL, enfrenta epidemia de dengue

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Um boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas mostra que a cidade de Branquinha, município da Zona da Mata alagoana, vive uma epidemia de dengue. Ainda segundo o boletim, outros seis municípios do estado estão em situação de alerta.

Com a situação, agentes de endemias estão indo de casa em casa para reforçar o combate ao mosquito na cidade. O maior número de casos da doença foi notificado em um povado na parte alta de Branquinha onde vivem cerca de 100 famílias.

Os agentes foram à residência da dona de casa Maria Elza da Silva e encontraram a situação ideal para a reprodução do mosquito. No quintal da casa havia água parada em uma lona e a caixa d'água recebeu tratamento. "Choveu e a água acaba ficando acumulada aqui, mas eu vou ter mais cuidado", garante Maria Elza.

Em outra residência, foram coletadas dezenas de larvas. "Nessa época de chuva, o pessoal tem uma dificuldade maior de tirar objetos que acumulam água no quintal e isso faz com que a gente encontre mais frequentemente essas larvas. Agora, nós vamos fazer a captura e envitar para o laboratório. De lá, eles vão passar para a gente se é de fato o aedes aegypti", explica o agente de endemias Marcos Maciel.

Só este ano, a Secretaria de Saúde de Branquinha notificou 32 casos suspeitos de dengue. O índice de infestação no município foi superior a 3%, bem acima do que é preconizado pelo Ministério da Saúde. "Nós tivemos um grande número de casos no início de abril e agora começamos a ter uma redução. A gente tinha uma média de 10 casos semanais e agora são três casos notificados por semana. Mas, se a população não colaborar, todo trabalho que a gente faz é em vão", orienta o coordenador de vigilância epidemiológica, Diego Pereira.

Nos primeiros quatro meses do ano, foram registrados 3.300 casos suspeitos de dengue em Alagoas, segundo o último boletim da Sesau esse número representa um aumento de mais de 10% em relação ao mesmo período de 2013.

Os municípios de Cacimbinhas, Cajueiro, Coité do Nóia, Feira Grande  Viçosa também apresentam risco de epidemia da doença. Ao todo, sete pessoas já morreram com suspeita da doença em Maceió, Piranhas, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Satuba.