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União dos Palmares
13/05/2014 09:00:47

Cerca de 1.850 servidores da SEMED de União (4ª maior do Estado) param suas atividades por falta de pagamento

Cerca de 1.850 servidores da SEMED de União (4ª maior do Estado) param suas atividades por falta de pagamento
O auditório ficou pequeno para abrigar todos os servidores

Cerca de 500 funcionários efetivos e contratados da Secretaria Municipal de Educação de União dos Palmares se reuniram na noite desta segunda feira (12) no Auditório da Prefeitura Municipal onde foi deliberado pela paralisação da pasta em função do atraso de dois meses no pagamento dos contratados, cuja verba, segundo extrato da conta da FUNDEB demonstrado na reunião é de R$ 3.556,651,57 (depositado na conta da secretaria) que seria utilizado no pagamento dos servidores, mas que em função de uma ‘quebra-de-braço’ entre a Prefeitura e a Câmara Municipal está retido em função da falta de aprovação de um pedido de remanejamento de verba do orçamento que somente prevê 5% mensais da utilização do total da previsão orçamentária aprovada pelos vereadores para o exercício de 2014.

O movimento está sendo liderado pela ex-presidente do SINTEAL secção de União dos Palmares professora Fabiana Alexandre que conseguiu a aprovação por aclamação da assembléia para paralisar a categoria a partir desta terça feira oportunidade em que os professores vão avisar em suas respectivas escolas aos pais e alunos o motivo da paralisação.

Segundo o subsecretário de Educação advogado Paulo Barros, no quadro da pasta atualmente existem 850 funcionários efetivos e 1.000 contratados. ‘Dos 800 efetivos, mais de 40% por cento estão tentando aposentadoria por tempo de serviço mas que estão sendo impedidos de fazê-lo porque os governos anteriores não recolheram os impostos devidos do INSS e do FGTS. Por exemplo, um professor que se aposentar hoje receberia um salário mínimo mensal, o que não achamos justo e é contra a Lei’ disse Dr. Paulo.

A atual presidente do SINTEAL senhora Rubenita Moreira da Silva disse na reunião que hoje vai reunir em caráter de emergência a cúpula da instituição, oportunidade em que será discutido se o movimento paredista terá apoio ou não do órgão representativo dos professores.

Em solidariedade aos contratados da Educação, a liderança do movimento promete acionar as demais pastas como Educação e Administração para aderir a paralisação ‘pois todos os funcionários contratados do município estão passando o mesmo vexame – alguns até passando fome’ – informou a professora Fabiana.

Para o secretário de Educação Ricardo Paxedes ‘o momento é bastante delicado e enxergamos ser necessário um amplo entendimento entre os poderes, principalmente porque não devemos esquecer que o município vivencia uma crise econômica depois do fechamento da Usina Lajinha e muitas pessoas têm neste emprego a fonte de renda para tirar o sustento de sua família. Não é justo que motivos políticos alheios a educação interfiram no funcionamento normal de uma pasta tão fundamental como a educação’ concluiu o gestor.

Após a difusão dos motivos da greve programados para hoje nas escolas ficou acordado que nesta quarta feira (14) os professores e demais contratados que aderirem ao movimento sairão em passeata com inicio previsto para as 9:00 horas da Prefeitura até o Fórum de Justiça local, onde depois de formada uma comissão, o impasse será levado aos Promotores de Justiça e aos Juízes da Comarca.

redação //

 

 


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