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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que o aumento de impostos sobre bebidas vai refletir no preço dos produtos e consequentemente afetar as vendas dos estabelecimentos, colocando em risco 200 mil empregos no País.
De acordo com a Abrasel, as vendas de refrigerante, água, cerveja e suco representam entre 40% e 60% do faturamento de bares, restaurantes e lanchonetes. E uma elevação no preço desses produtos vai "afugentar ainda mais o consumidor".
"Todo o mercado de alimentação fora de casa está apreensivo. Não podemos ser vistos como vilões pelo consumidor, já que somos os principais prejudicados. Os dois milhões de micro e pequenos empreendedores do nosso setor ainda não sabem se conseguirão se manter com esse aumento. Acreditamos que, no curto prazo, veremos o fechamento de estabelecimentos e aumento do desemprego", afirmou, em nota, o presidente nacional da Abrasel, Paulo Solmucci.
A nova tabela de tributos foi publicada no dia 30 pelo governo federal e entra em vigor no dia 1º de junho. Segundo matéria do Estado, cálculos feitos por empresas da área, como Ambev, Heineken, Coca-Cola entre outros, os preços no atacado devem aumentar "pelo menos 5%", e não 1,3%, como disse o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto. Para o consumidor, é possível que o aumento seja ainda maior, porque o varejo também pode repassar os custos mais elevados.