Prefeitura de União poderá ficar ingovernável caso a Câmara não aprove hoje remanejamento no orçamento

Um impasse de origem política surgido com a desavença entre o Legislativo e o Executivo pode por em risco o cumprimento dos compromissos mensais da Prefeitura Municipal de União dos Palmares, cujo orçamento para 2014 foi aprovado por unanimidade com o detalhe de ser autorizado à realização de despesas para o próprio ano de 2014 em apenas cinco por cento do total do orçamento tornando assim impossível o cumprimento das obrigações mensais do governo municipal, haja vista que anos anteriores esta autorização de gasto deu-se entre 100 e 50 por cento.

A equipe econômica do prefeito Dr. Beto Baia buscou em municípios vizinhos que compõem a região Serrana dos Quilombos idêntico percentual anual e detectou que dentre estes (municípios) o menor foi na casa de 40% (quarenta por cento). Um dos secretários municipais colocou a imprensa a pergunta: ‘como um município do porte de União que é pólo da região pode sobreviver com apenas 5% do seu orçamento?’.

Se não houver concordância dos Vereadores na ultima sessão legislativa do mês de abril que será realizada hoje a partir das 19:30 horas, não serão repassadas a verba destinada ao Hospital São Vicente de Paulo através do SUS (mais ou menos 500 mil reais) o que inviabilizará também o seu funcionamento, os salários dos funcionários efetivos não serão honrados, a compra de medicamentos para distribuir com a comunidade pobre e os demais insumos para manutenção da máquina administrativa.

Um leitor da TRIBUNA UNIÃO abordado sobre o assunto radicalizou da seguinte maneira: ‘não sou político inclusive votei no Dr. Mano, mas se isso acontecer hoje, e eu fosse o Dr. Beto, eu fecharia a Prefeitura, representaria os vereadores da oposição e entregaria as chaves no Fórum, mais precisamente ao Ministério Público’.

As opiniões das pessoas a respeito do assunto divergem por toda cidade. Um eleitor perguntou: ‘e já foi gasto pelo Prefeito toda orçamento do ano? Danou-se é muito dinheiro... agora, querem mais? Pra gastar em que?’

Uma funcionária efetiva (do universo de aproximadamente mil em todo município) disse que sua única fonte de renda é o seu salário pago pela prefeitura. ‘Deste salário pago água, luz, compro credito pro telefone, como com meus dois filhos e acho que não devo pagar por essa briga, pois alguns vereadores querem mesmo é que seus salários aumentem e de volta os empregos que o Prefeito tirou... eu mereço pagar por isso?

Esta negativa de aprovação se por acaso ocorrer quebrará o compromisso da Prefeitura que vem sendo mantido ao longo da atual administração em manter em dia os salários dos servidores, a exceção dos contratados da Secretaria de Educação pelo fato de seus contratos terem sido seqüestrados por pessoas estranhas ao cumprimento de um Mandado Judicial, cuja documentação ainda não foi devolvida. A comprovação do fato pode ser feito por qualquer pessoa que consultar o site do Tesouro Nacional que vai verificar que existe depositado no Banco do Brasil os repasses financeiros da conta da Secretaria de Educação que estão intocáveis aguardando apenas a liberação da documentação para então o pagamento ser efetuado.

redação //