Alagoas registra 36 assassinatos durante o feriado prolongado

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regina carvalho

Alagoas teve um feriadão violento: das 7 horas do dia 18, sexta-feira, até as 7 horas desta terça-feira (22) foram contabilizados 36 assassinatos, uma média de nove homicídios por dia. Os dados são da Perícia Oficial do Estado. As vítimas deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió e Arapiraca.

Embora o Comando de Policiamento da Capital (CPC) tenha apontado uma redução no número de mortes na Grande Maceió, foram contabilizados 28 crimes violentos letais e intencionais somente no interior durante o feriado da Semana Santa e Tiradentes.

O primeiro caso durante o feriadão aconteceu na tarde da sexta-feira. Carlos Alberto de Araújo Souza, 25 anos, foi morto por espancamento no Conjunto Virgem dos Pobres, no Vergel do Lago, em Maceió. Dos 36 assassinatos ocorridos em Alagoas, trinta foram cometidos com o uso de arma de fogo. Dez pessoas morreram vítimas de acidente de trânsito na capital e no interior.

Segundo dados da Perícia Oficial, seis pessoas foram assassinadas em Maceió em quatro dias. Só no feriado de Tiradentes, foram dez homicídios na capital e no interior.

O assassinato de jovens aparece com destaque nos relatórios, como já chamou a atenção a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas. Às 11h50, dessa segunda-feira, o jovem Douglas da Silva Pereira, 18 anos, foi morto a tiros na zona rural de Coruripe.

Outros jovens foram mortos nesse feriadão. José Júnior Lino da Silva, 18 anos, foi assassinado a golpes de arma branca, no centro de Atalaia. José Wanderson Guilherme Santos tinha apenas 17 anos e foi assassinado a tiros no bairro Rio Novo, em Maceió.

Dados da OAB/AL apontam que o número de mortes de jovens com idades entre 15 e 29 anos cresceu 5,48% no Estado no ano de 2013, em relação a 2012 - o que representa 72 mortes a mais. O uso de arma de fogo para a prática desses crimes teve um aumento de 6,08% no período.

Um total de 2.696 pessoas nessa faixa etária foram assassinadas entre os últimos dois anos em Alagoas, das quais 2.337 foram vítimas de arma de fogo, o que representa um percentual de 86,68% das mortes.