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Cerca de 250 vigilantes das três empresas de transporte de valores de Alagoas deflagraram greve geral nesta quarta-feira (16) para reivindicar aumento salarial, aumento do vale alimentação e contratação de plano de saúde para a categoria.
Com a paralisação, que começou pela região Agreste e pode se estender para Maceió até esta quinta-feira, os caixas eletrônicos de agências bancárias de todo o estado deixam de ser abastecidos e as empresas que utilizam o serviço de transporte de valores também terão que ficar com o dinheiro apurado dentro de suas sedes.
A situação se complica porque a partir de sexta-feira os bancos fecham as portas por conta do feriado de Páscoa e de Tiradentes (21), e só reabrem na próxima terça-feira.
De acordo com o diretor financeiro do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilantes), José Cícero da Silva, a paralisação foi informada por meio de publicação em jornal no último sábado, e foi comunicada às empresas, ao Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Tribunal Regional do Trabalho.
Mesmo assim, não houve avanço nas negociações. A categoria pede 15% de aumento salarial, aumento do vale alimentação de R$ 300 para R$ 400, e contratação de plano de saúde.
Até agora, as empresas apresentaram a proposta de aumento de 5,56% nos salários e no vale alimentação. O plano de saúde não chegou a ser discutido. “Nós também pedimos melhorias nas condições de trabalho. O local de trabalho dos vigilantes nas empresas é precário”, disse o sindicalista.
A paralisação começou pelo Agreste porque, segundo o Sindvigilantes, é o foco da atuação da maior empresa de transporte de valores do Estado. As outras duas teriam apenas 5% do mercado.
O ato obedece à lei de greve, e mantém 30% dos serviços em funcionamento. Ele só se estenderá a Maceió caso não haja a retomada das negociações por parte das empresas.
Reunião agendada
De acordo com o advogado Gustavo Ferreira, representante do Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Alagoas (Sindesp/AL), uma reunião entre os presidentes das duas entidades (de trabalhadores e de empresários) está agendada para esta quinta-feira (17), mas ainda sem hora definida.
No encontro, o advogado espera obter um aumento do índice de reajuste oferecido pelas empresas e a redução do percentual exigido pelos trabalhadores. “As negociaçõs estão em aberto, elas não foram nem serão encerradas. Mas o Sindicato [dos Vigilantes] faz um pedido um pouco maior do que o que as empresas podem oferecer, que é o INPC [índice que mede a inflação], de acordo com a orientação da Federação das Empresas de Segurança Privada”, afirma.