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Alagoas
16/03/2014 10:02:15

Sem aulas: Professores de Alagoas aderem à greve nacional

Sem aulas: Professores de Alagoas aderem à greve nacional
Consuelo - líder dos professores

 adaminuto //

gabriela flores

 

Os estudantes das escolas públicas de Alagoas encontrarão as portas fechadas nesta segunda-feira (17) quando a categoria adere á greve nacional. A reivindicação dos trabalhadores da educação promete paralisar as atividades nos dias 17, 18 e 19.

 

Um ato nacional está agendado para acontecer na quarta-feira (19) em Brasília. Na pauta de reivindicações dos trabalhadores está o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC.

 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal),  Alagoas traz outras pautas, como a reformulação do plano de carreiras dos trabalhadores, a recuperação da previdência do Estado, as condições estruturais de trabalho nas escolas, a aplicação de 1/3 de hora-atividade, e o concurso público (que foi realizado em 2013, mas não solucionou sequer os problemas que já existiam).

 

Em processo de negociação desde 2013, e sem avanços, a rede estadual de Alagoas deliberou dar continuidade à greve, caso o Governo do Estado continue sem avançar na pauta de reivindicações. Consuelo Correia, presidenta do Sinteal, relata as dificuldades: “Mesmo sendo citada como prioridade por todos os governos, principalmente em tempo de eleição, a educação tem sofrido com um descaso preocupante. Trabalhadores desvalorizados, estruturas precárias e ambiente insalubre são o verdadeiro reflexo do nosso dia-a-dia na escola. Os péssimos índices do estado não nos deixam mentir”. Consuelo lembra ainda, da situação do fundo previdenciário, “O Governo precisa apresentar um plano de revitalização da previdência, ao invés de usar isso como desculpa para continuar negando os direitos dos trabalhadores aposentados”.

 

A categoria já está mobilizada, desde janeiro estão sendo realizadas assembleias, reuniões, e protestos e o Sinteal promete intensificar. “A insatisfação é cada dia maior, já tivemos paciência, negociamos, dialogamos, e só vimos a situação se agravar, agora queremos ação e resultado”, conclui Consuelo.