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A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas sustou, durante a sessão desta
quarta-feira (24), o processo contra o deputado Nelito Gomes de Barros (PSDB),
acusado de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Dezoito deputados
estiveram presentes e apenas dois, Judson Cabral (PT) e João Henrique Caldas
(PTN), votaram contrariamente à manifestação. Com a medida, o parlamentar não
poderá ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) enquanto exercer
o mandato eletivo.
A medida foi aprovada já em segunda discussão depois
de os deputados suspenderem os trabalhos, nesta quarta, a fim de chegarem a um
entendimento sobre o tema. À imprensa, o deputado estadual admitiu que já
tentava se ver livre, ao menos temporariamente, da acusação, utilizando-se da
prerrogativa para protelar o processo, em imbróglio jurídico que já dura mais de
dois anos.
O processo no qual Nelito é réu chegou a constar, esta semana,
na pauta da lista de julgamentos do Pleno do TJ-AL. A sustação do curso da ação
penal originária em desfavor do deputado foi encabeçada pelo PSD. "Vamos votar
prerrogativas da qual não podemos abrir mão. O deputado não pode ter o mandato
interrompido", declarou Olavo Calheiros, antes da apreciação da proposta em
plenário.
“Sou réu primário e usei do meu privilégio para sustar o
processo”, afirmou o parlamentar, que foi indiciado na Operação Taturana,
desencadeada ainda em 2008 pela Polícia Federal, que investigou esquema
milionário de desvio de recursos da Assembleia Legislativa.