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Saúde
20/02/2013 17:16:10

45 hospitais públicos estão fechados em Alagoas por falta de médico

45 hospitais públicos estão fechados em Alagoas por falta de médico
UPA de Vi~çosa inaugurou mas nunca funcionou

mais.al //

 

Quarenta e cinco unidades de saúde de Alagoas estão sem funcionar por falta médica. E entre as que estão fechadas estão as recém-inauguradas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde.

 

A informação foi passada hoje pelo presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Fernando Pedrosa, durante entrevista coletiva. Ele revelou que os casos considerados mais graves são da UPAs de Palmeira dos Índios e de Viçosa.

 

A primeira fechou as portas após a prefeitura afirmar que não tinha condições de manter sozinha a unidade funcionando. Já em Viçosa, onde a UPA foi inaugurada há quatro meses.

“As unidades estão completamente abandonados pelo poder público; já no Hospital-Geral do Estado (HGE) falta difnidade humana”, declarou Pedrosa, frisando que o Conselho vai elaborar relatório sobre a situação do hospital para encaminhá-lo ao Ministério Público do Estado (MPE).

 

Fernando Pedrosa atribuiu o baixo número de médicos em Alagoas (como mostra pesquisa divulgada nesta quarta pelo Conselho Federal de Medicina) às más condições de trabalho oferecidas pelo poder púbico local. Ele explicou a “população médica” do estado está entre as mais velhas do País – com média de 50 anos – e os profissionais formados aqui migram em busca de oportunidades melhores em outros estados.

 

“Não há condições dignas de trabalho. Os médicos recebem um salário abaixo do valor médio pago no resto do país e trabalham em locais inadequados. Com isso, não há interesse por parte de novos profissionais em permanecer em Alagoas. Eles migram para estados que oferecem uma remuneração melhor”, complementou.

 

O presidente do CRM disse, no entanto, que existe um projeto que prevê a criação de um Plano de Cargos e Carreiras para a categoria, que, se aprovado, deve beneficiar os médicos alagoanos.

 

O secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Boas, falou sobre o assunto através de nota oficial. “ os municípios alagoanos precisam criar mecanismos para fixar os médicos nas cidades e evitar a superlotação ocorrida nos hospitais da capital. “Isso porque, segundo a legislação que rege o Sistema Único de Saúde (SUS), os entes municipais são responsáveis pela Atenção Básica, que tem como foco o Programa Saúde da Família (PSF)”, diz o texto da Sesau.