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Entrou em paralisação o Conselho Tutelar do município de Traipu no final da manhã desta terça-feira (19).
Aluguel atrasado, linha telefônica cortada, recibos de água e luz com avisos de corte, salários atrasados e falta de repasse para a compra de materiais básicos para o funcionamento do local foram os problemas descritos pelo presidente do Conselho, Jonatas Pedro.
“Estamos há dois meses sem receber os nossos salários, sem contar com o repasse que não foi feito pela prefeitura. Não existe a menor condição de trabalharmos desse jeito, falta tudo, até a tinta da impressora eu tive que comprar com o meu dinheiro, pois, nem crédito o Conselho tem mais em lugar nenhum do município”, esclareceu Jonatas.
O presidente do órgão diz que houve uma reunião com a prefeita do município, Conceição Tavares, em que ela se comprometeu a fazer o repasse ao órgão e o pagamento dos salários, mas até agora essas questões não foram resolvidas.
“Isso é uma violação do direito da criança e do adolescente. Traipu tem vários povoados circunvizinhos nos quais nós deixamos de ir porque não existe a disponibilidade de um automóvel para que nós possamos chegar nesses locais, onde a acessibilidade é difícil, são estradas esburacadas e de barro”, disse Jonatas Pedro.
Segundo ele, a decisão de fechar as portas foi um consenso e só foi tomada depois que o órgão preparou um ofício relatando ao juízo competente os problemas do conselho e denunciando ao Ministério Público no mesmo documento, a falta do repasse ao órgão.
“Contamos com o apoio de outros conselhos municipais, além de comunidades quilombolas, associações e do Fórum Estadual do Conselho Tutelar. A paralisação seguirá por tempo indeterminado, já que até o momento não tivemos nenhuma resposta do município” atestou Jonatas.