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Depois da fiscalização e das interdições realizadas pelo Corpo de Bombeiros nas
casas de show e boates de Alagoas, visando adequar os estabelecimentos às normas
de segurança contra incêndio e pânico, os prédios administrativos e agências de
banco no Estado deverão ser o próximo alvo da corporação, para assegurar que os
bancários, clientes e usuários estejam protegidos contra tragédias, como a que
aconteceu na boate Kiss, em Santa Maria-RS.
A inclusão dos
estabelecimentos bancários nas vistorias do Corpo de Bombeiros foi solicitada
hoje (19/02) pelo Sindicato dos Bancários de Alagoas, que se reuniu pela manhã
com representantes do CBM. Os diretores da entidade expuseram um quadro
preocupante sobre a segurança das agências bancárias, sobretudo as que possuem
mais de um andar. Escadas de emergência deterioradas, portas de saída
bloqueadas, equipamentos contra incêndio sem manutenção, instalações elétricas
danificadas, condicionadores de ar sobrecarregados e falta de treinamento dos
funcionários são algumas das irregularidades citadas.
"Isto em ambientes
que transitam centenas de pessoas por dia”, enfatizou o presidente em exercício
do Sindicato dos Bancários, Cícero Matheus. Segundo ele, a maior preocupação da
entidade é com os prédios administrativos dos bancos, onde funcionam as
superintendências, gerências regionais e diversos departamentos, além dos
guichês e caixas. É o caso do Banco do Brasil na Rua do Livramento (Centro) e da
Caixa Econômica Federal na Avenida Fernandes Lima (Farol). De acordo com o
Sindicato, a situação nessas unidades é deplorável quando se trata de prevenção
contra incêndio e pânico.
As denúncias e os pedidos de providência foram
feitos ao diretor de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros Militar, coronel
Paulo Sérgio Lins, que esteve acompanhado na reunião do major Reinaldo Moura.
Eles foram ao Sindicato dos Bancários a pedido do comandante do CBM, coronel
Luiz Antônio Honorato da Silva, a quem a entidade solicitou uma
audiência.
O diretor de serviços técnicos do CBM ficou impressionado com
os relatos dos dirigentes sindicais e pediu para que eles enviem um ofício ao
comando listando os prédios e agências problemáticos. “As vistorias serão feitas
e onde detectarmos irregularidades os responsáveis serão notificados. Nos casos
mais graves, os estabelecimentos podem ser interditados. Vamos mensurar os
aspectos de cada prédio para ver a medida que deve ser adotada”, disse Paulo
Sérgio Lins.
O representante do CBM fez uma exposição para os bancários
sobre as normas de prevenção a incêndio e pânico que devem ser cumpridas pelos
estabelecimentos comerciais, citando, entre outras exigências, o plano de
segurança e o certificado do Corpo de Bombeiros. Entre os bancários há a
suspeita de que diversas agências não possuem o certificado. A preocupação dos
bancários também é com os prédios localizados no interior, sobretudo depois que
a Caixa Econômica e o Bradesco ampliaram o número de suas agências.
Dois
incêndios de pequena proporção e sem vítimas aconteceram ano passado em agências
bancárias de Maceió: um na Caixa Econômica do Shopping Maceió e outro na Caixa
Econômica da Gruta.