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Por determinação da Justiça o capitão da Polícia Militar (PM) de Alagoas, Benjamin Andre Souza Moraes, foi preso neste sábado.
O nome do oficial foi citado no inquérito que investiga o assassinato do vendedor Maycon Amorim Santos, morto a tiros na manhã do último dia 2 de setembro, em um dos trechos da Rua Jornalista José Nilton O. Correia, bairro de Jacarecica, orla de Maceió.
As investigações foram reiniciadas – após a Polícia Civil (PC) encontrar dificuldades em esclarecer o crime – por uma equipe coordenada por um delegado da Força Nacional (FN) judiciária/ Delegacia de Homicídios (DH).
Maycon Amorim e o primo – e testemunha ocular – Felipe Silva de Omena Santos, 20, transitavam em uma moto, pertencente ao vendedor pela AL 101 Norte, quando se envolveram em um acidente de trânsito ao passarem por uma lombada eletrônica. A moto, de acordo com Felipe, bateu em um veículo, de cor preta, placa não anotada, cujo motorista desceu do carro e após discutir com o motociclista, sacou de uma arma e deflagrou os tiros.
Maycon morreu na hora.
Durante todos os meses que se seguiram, após o assassinato, os policiais receberam várias informações – algumas anônimas – e outras baseadas em depoimento de testemunhas. As oitivas levaram a polícia a formar a característica do criminoso, que seria de um homem magro e que dirigia um veículo de cor prata. Imagens de uma câmera de circuito interno, instalada em uma casa próxima de onde aconteceu o crime, também foram analisadas na tentativa de ajudar a identificar o matador.
O capitão Benjamin, que está afastado de suas obrigações de policial militar (ele está sob tratamento médico psiquiátrico) teria ficado assustado com o envolvimento de seu nome com o caso e, através de familiares, encaminhou uma mensagem ao EMERGENCIA190 criticando o delegado da FN que solicitou sua prisão e o citando como leviano.
“Gostaria de não acreditar ou muito menos colocar em dúvida a qualificação profissional, como também a competência deste delegado à frente deste inquérito, haja vista que o mesmo representa a Força Nacional judiciária e, para tanto, recebe uma valorosa quantia mensal paga pelo Governo Federal, pois o honroso delegado esté sendo precipitado em seu julgamento leviano, demonstrando um forte interesse obscuro em desacordo com a Lei”, disse o oficial.
O capitão chamou à atenção que no mês passado – janeiro – esteve na Delegacia de Homicídios, onde manteve contato com o delegado Pauloxis, da FN, o qual solicitou sua prisão.
“Procurei delegados da Força Nacional, da Delegacia de Homicídios, para fazer um Boletim de Ocorrência sobre um suposto plano para me assassinar, objetivando realizar um B.O.
naquela Delegacia ou mesmo uma documentação através de um procedimento administrativo e criminal e, contudo, o delegado apresentou desculpas e não realizou procedimento nenhum e não satisfeito, dias após, criou esse pesadelo, transformando minha vida em um pandemônio. Arrisco citar este delegado de desqualificado em suas ações à frente desse inquérito policial e que deveria respeitar mais a instituição policial militar, a Lei e a ordem, como também a classe dos capitães de polícia e todo o Brasil”, finalizou Benjamin, chamando a atenção para o fato – segundo ele – que uma pessoa de nome Paulo Bartolomeu, atualmente preso no Sistema Prisional, em Maceió, seria o verdadeiro autor do assassinato.
Outro oficial, que também foi preso – também suspeito de ter envolvimento na morte do vendedor – é o capitão Savile Silva de Souza.