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A briga entre duas quadrilhas suspeitas de pistolagem, roubo de cargas e arrombamento de caixas eletrônicos pode levar a polícia de Alagoas a realizar uma grande operação que visa prender os envolvidos e esclarecer uma série de crimes praticados em Maceió e em cidades do interior principalmente no Pilar, Região Metropolitana da Capital.
O mais recente episódio envolvendo as duas facções criminosas aconteceu na tarde deste sábado, 26, e teve como vítima Severino Gonzaga dos Santos, 40, executado em via pública em um dos trechos da Rua Zacarias Fontan de Melo, no bairro da Santa Lúcia, parte alta de Maceió.
A vítima, morta quando dirigia um Punto, de cor cinza e placa MUT 0454/AL, segundo relatos de testemunhas para policiais da Delegacia de Homicídios (DH), foi alvejada por homens que estavam em uma pickup Strada de cor azul, que deixou o local em alta velocidade.
No mesmo instante do crime, a resposta. Amigo de Severino foram até a Chã do Pilar onde atentaram contra a vida do ex-policial militar Adelmo Romualdo Silva, 39, o “Aldo”. O crime aconteceu na casa da vítima na Rua Anísio de Souza, na Chã do Pilar Ele foi atingido com dois tiros por pistoleiros que estavam em um Citroem, de cor prata. Testemunhas relataram que dentro do carro também havia uma mulher.
O ex-pm, que supostamente tem amizade com quem atirou em Severino, foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió, onde permanece.
Mesmo as investigações ainda estando no inicio a polícia não tem mais dúvidas. As duas facções estão se “eliminando” após seus lideres entrarem um no território do outro.
A série de crimes implodiu entre as duas lideranças com o atentado que teve como vítima um dos irmãos do ex-coronel da Polícia Militar (PM) Manoel Cavalcante.
O ex-soldado PM Marcos Antonio Cavalcante, 40, o Marquinhos e o amigo, Edson Timóteo da Silva, 36, foram alvejados com diversos tiros de pistola, quando transitavam em um Palio, azul, com placa de Aracaju (SE), nas proximidades do Hospital Universitário (HU), na Cidade Universitária, parte alta de Maceió. O fato aconteceu na tarde de 26 de abril de 2012 LEIA AQUI
As vítimas preferiram não prestar queixa a polícia e após uma investigação particular identificaram o autor do atentado que seria um pistoleiro conhecido pelo apelido de “Friota” morto em um atentado na cidade de Chã Preta, interior de Alagoas.
As investigações das duas quadrilhas chegaram ao Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM). Um de seus integrantes, o cabo Paulo Sérgio dos Santos Oliveira, começou a apurar e descobriu que os dois bandos tinham como integrantes policiais militares e políticos alagoanos.
Paulo Sérgio terminou sendo executado quando fazia “bico” em um posto de combustível no Pilar. O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de junho de 2012. O militar investigava uma das quadrilhas e teve indiretamente a ajuda de uma pessoa da família da vítima LEIA AQUI
Mas a pessoa que poderia contribuir com o esclarecimento da morte do cabo da PM, o vigilante Paulo Gomes dos Santos, 47, foi executado com 23 tiros de pistolas na noite de 2 de agosto dentro do escritório de um outro posto de combustível no Pilar. Ele tinha detalhes de quem matou Paulo Sérgio e já havia relatado para a polícia que o crime teve a participação de políticos e colegas de farda da vítima LEIA AQUI
Até a execução do servidor da prefeitura de Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas, Eraldo Aquino, 52, morto a tiros em 18 de dezembro, durante uma vaquejada em Santana, teria tido a participação de um membro de uma das quadrilhas. O autor do crime já foi identificado após denúncias chegadas a polícia que não informa qual a relação da vítima com os grupos criminosos LEIA AQUI
Outro crime atribuído a uma das quadrilhas foi à tentativa de morte contra o empresário Gustavo Mendonça Figueiredo, 37. A tentativa aconteceu na tarde de 23 de dezembro.
A vítima é proprietária de um restaurante localizado na Rua Doutor Edson Carvalho, em Riacho Doce, Litoral Norte de Maceió e foi baleado na frente do restaurante LEIA AQUI
Gustavo, que permanece internado no HGE é amigo de uma das facções.
A polícia já tem nomes dos membros dos bandos, principalmente dos militares e já sabe também que alguns deles estão por trás dos ataques a caixas eletrônicos no interior de Alagoas.
