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Forte candidato à presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB) foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Em um processo que já soma mais de 5.600 folhas, o inquérito de número 2593 contra o senador foi apresentado nessa sexta-feira (25) ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia é referente ao caso das notas dos “bois de Alagoas”, que aponta para a suspeita de que o então presidente do Senado tinha despesas pagas por um lobista. O caso veio à tona em 2007, quando Renan foi acusado por Mônica Veloso, sua ex-amante, de pagar a pensão do filho com dinheiro de Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior.
Na tentativa de comprovar que arcou com os gastos sem a ajuda do lobista, o senador apresentou notas fiscais referentes a vendas de bois. Entretanto, a Polícia Federal (PF) suspeitou que se tratasse de notas frias e ainda reforçou que os documentos não comprovavam a venda dos gados.
Com toda a polêmica amplamente divulgada pela mídia, Renan renunciou à presidência do Senado.
Por correr em segredo de Justiça, Gurgel disse, em entrevista ao portal Congresso em Foco, que não forneceria detalhes sobre a denúncia. Caberá ao STF decidir se aceita ou não a denúncia contra Renan. Caso seja recebida pela corte, o senador será réu em processo criminal.