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Novos decretos de prisões podem ser requisitados à Justiça depois que os promotores que integram o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE), concluírem a análise do vasto material apreendido em cinco prefeituras alvos de operações no final do ano passado. Em contato com a Gazetaweb, o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, afirmou ser “lógica” a dedução de que a denúncia ofertada em Estrela de Alagoas possa acontecer em outros municípios.
... Entretanto, ele não confirmou se, ao final do trabalho investigativo dos integrantes do Gecoc, o MPE vai denunciar esses ex-gestores e ex-secretários municipais por crimes contra a administração pública. Também não descartou essa possibilidade. Os promotores verificam a documentação apreendida nas prefeituras de Campo Alegre, Piranhas, União dos Palmares, Maravilha e Palestina.
“Fizemos seis operações ao final do ano passado em que foram alvos prefeituras do interior. Apreendemos um grande material e tudo ainda está sendo analisado pelos promotores que integram o Gecoc. Somente após a investigação é que vamos fazer juízo de valor e adotar as medidas oportunas para cada prefeitura específicas. Por enquanto, o MPE não pode adiantar quais procedimentos serão tomados antes de verificar tudo o que apreendemos”, disse Sérgio Jucá.
Ele ainda continuou o raciocínio. “O que posso adiantar categoricamente é que o Ministério Público não vai tolerar a prática de corrupção cometida por qualquer representantes público e todo ato de improbidade administrativa que os promotores detectar será reprimido com fundamento na lei”.
Jucá afirmou estar empolgado com o que ele classifica ser um “alinhamento” entre o MPE e o Poder Judiciário alagoano. “Tanto o Ministério Público como o Tribunal de Justiça de Alagoas defenderão a Constituição e não permitirão qualquer forma de roubalheira que atente contra o direito dos habitantes de ter os serviços ofertados pelo poder público”, pontuou.
Situação de Estrela de Alagoas
O procurador-geral de Justiça explicou que a denúncia ofertada contra o vai resultar em duas ações judiciais. Por conta de o chefe do Executivo dispor do foro privilegiado, o processo tramitará no Tribunal de Justiça. Mas, Jucá revela que está remetendo cópia da denúncia à Comarca de Palmeira dos Índios para que seja proposta a ação de responsabilização por ato de improbidade administrativa contra o prefeito, secretários e ex-secretários daquele município