Sindpol vai pedir interdição de Delegacia de Matriz do Camaragibe

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A situação crítica da Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe voltará a ser tema de uma reunião na manhã desta terça-feira (22), entre o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e o juiz da cidade onde fica localizada a delegacia Yulli Roter. A categoria voltará a solicitar ao representante do judiciário, a interdição da regional e a transferência dos presos para o sistema penitenciário.

Segundo informações do vice-presidente do Sindpol, José Edeilto Gomes, a delegacia enfrenta o problema da falta de estrutura e condições físicas já algum tempo. “O juiz de Matriz já decidiu pela interdição, mas a ordem não foi cumprida pelo Estado. A questão é que a cada dia a situação fica mais precária e crítica. Não existe condições de um regional funcionar naquele prédio”, afirmou.

José Edeilto contou que o sindicato tem realizado várias vistorias em delegacias, e durante a realizada em Matriz do Camaragibe foi constatado que fossa estourada com vazamento de dejetos; rede sanitária comprometida com pias sem encanação; pisos do banheiro quebrado; cisterna sem isolamento; alimentos mal armazenados por falta de mobílias e de local adequado;  o condicionar de ar quebrado, além disso, a localização da regional é inadequada.

“Os fundos da delegacia funciona um depósito de gás, que coloca em risco a vida de policiais e presos. Depois da explosão da Deic temos essa preocupação e nada pode ser descartado. E ainda, existe um matadouro abandonado, que está servindo de banheiro público. Uma situação terrível”, disse o vice-presidente do Sidpol.

O encontro está marcado para acontecer nesta terça-feira (22), a partir das 9 horas, na Comarca da Justiça na cidade de Matriz de Camaragibe. “Já fizemos um primeiro contato com o juiz, que se mostrou bastante indignado com essa situação. Ele pediu que levássemos as fotos tiradas no local e o relato dos policiais, para resolver essa questão. Vamos pedir que ele volte a interditar a delegacia, e estipule multa para o Estado caso não cumpra”, falou.

A maior preocupação do sindicato é em relação a proximidade com o carnaval, período que de acordo com ele a regional tem uma grande demanda de trabalho, já que as cidades do Litoral Norte ficam lotadas. “Como o Estado quer dar atenção a todos os turistas e visitantes que chegam a Alagoas, garantindo a segurança com uma delegacia naquela situação. Eu espero que o problema seja resolvido antes do carnaval, e que o Estado alugue casas para dar condições da polícia trabalhar”, completou José Edeilto.