Prefeito reduz horário do carnaval na Barra de São Miguel

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pollyane costa e thiago gomes

Um dos destinos mais procurados do litoral para quem quer agitação, a Barra de São Miguel vai ter o horário do carnaval reduzido este ano. O prefeito José Medeiros Nicolau, o Zezeco (PP), comunicou que os festejos oficiais acontecerão somente das 16 às 22 horas, nos quatro dias de folia. Ele alega dificuldades financeiras para manter a estrutura do evento. O comunicado foi dado enquanto Zezeco participava da eleição para a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió.

O município está sob decreto de emergência nas áreas da saúde, educação e assistência social por um período de 60 dias, desde o último dia 2 de janeiro. O prefeito justifica que há desorganização administrativa na Prefeitura, em razão da suspensão de serviços essenciais causada por indícios de fraude em licitações. Com a medida, o prefeito pretende retomar a prestação dos serviços essenciais na cidade.

Com base nisso, Zezeco informou que o carnaval deverá ser sacrificado, mas não extinto, motivo pelo qual planejou uma festa mais curta, que atendesse ao público somente no final da tarde e parte da noite.

Ele ainda divulgou que cedeu o trio elétrico de sua propriedade para a Prefeitura. Com isso, segundo ele, evitará custos com contratos para este tipo de serviço. “Apesar das dificuldades financeiras, garantimos um carnaval animado. Este ano, a festa será mais tradicional, com o desfile de blocos pelo dia e, na praça, o evento será de quatro às dez da noite. Estamos tomando esta medida para preservar as contas do município, evitando o que ocorreu em gestões passadas”, comentou.

Decreto

Além da situação de emergência, Zezeco também publicou outro decreto em que suspende temporariamente, pelo prazo de até 180 dias, os contratos firmados na gestão passada, assim como os pagamentos pendentes, com ou sem emissão de ordem de pagamento bancária. Ele instituiu uma comissão para revisar todos os contratos firmados pela prefeitura em gestões passadas. O Executivo deverá fazer um relatório minucioso daquilo que está sendo analisado.

O prefeito considerou diversos pontos para justificar o quadro de urgência, como “a situação de desorganização administrativa pela qual passa o Município, a necessidade de manutenção dos serviços públicos essenciais, como acesso à educação e à saúde como condições mínimas de atendimento aos cidadãos, direitos esses alçados à condição de direitos fundamentais pela carta constitucional; e a necessidade da execução de diversos serviços públicos, tais quais o de limpeza urbana, de transporte escolar, bem como de outros descontinuados com o fim do período legislativo anterior”.

Durante este período, informa o decreto da Prefeitura, a administração poderá fazer contratações com dispensa de licitação. Os secretários deverão encaminhar ofício ao prefeito, fornecendo um panorama de como se encontra a pasta e justificando as razões para compra emergencial.