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Não houve acordo na reunião desta sexta-feira (18) entre a diretoria da Cooperativa de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Coopervan) e o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Waldo Wanderley. Na pauta, a licitação das 1.360 linhas do transporte rodoviário intermunicipal convencional e complementar de passageiros. Na primeira licitação, a Coopervan não pôde participar, já que a Arsal disse que seria ilegal. A reunião foi convocada pela Arsal para tentar uma conciliação entre a Agência e a cooperativa e convencer seus membros a participar de um novo processo licitatório.
A Arsal apresentou aos transportadores uma lista das 559 linhas remanescentes da primeira licitação que serão colocadas em um novo processo licitatório. Na licitação anterior, concluída em abril de 2012 e homologada em dezembro passado, das 1.360 linhas ofertadas, apenas 801 tiveram licitantes aprovados. Sobraram 559, que vão a nova licitação.
Na versão de Coopervan, o presidente da Arsal, Waldo Wanderley, se recusou a aceitar negociar a proposta lançada pelos cooperados, de que se mantenham nas 45 linhas onde já efetuam o transporte complementar por diversas cidades do Estado. “Ele [Waldo Wanderley] mostrou-se irredutível em dizer que a nossa proposta não é viável”, disse o presidente da Coopervan, Marcondes Prudente.
Impasse fica mais tenso
Waldo Wanderley disse que a nova licitação será feita e a cooperativa, enquanto instituição, não poderá participar. “O edital para a nova licitação já está pronto e estamos esperando apenas que os transportadores que venceram a licitação anterior comecem a atuar em suas linhas para lançar o edital. Os membros da Coorpevan poderão participar individualmente deste novo processo. A cooperativa não poderá participar, pois a Lei Federal nº 12.690 proíbe a sua participação, mas os membros, de forma individual, podem participar”, disse Waldo Wanderley, presidente da Arsal.
Marcondes, da Coopervan, reage: “Essas linhas ofertadas pela Arsal não são de interesse dos nossos cooperados. Se até aqueles que participaram na primeira licitação não quiseram, porque nós iremos querer? São linhas que não têm frequência de passageiros e, por consequência, não trazem retorno financeiro ao transportador”, pontuou Marcondes.
Depois da reunião, Waldo Wanderley avisou que a única forma de os membros da Coopervan continuarem trabalhando é participando da licitação das linhas remanescentes. Caso se recusem e continuem a exercer a atividade, serão postos na ilegalidade e terão seus veículos multados e recolhidos.
Apesar do aviso, o presidente da Coorpevan, Marcones Prudente, adiantou que não vai aceitar nenhuma proposta que seja diferente da participação da cooperativa na licitação das mesmas linhas em que os cooperados atuam. “Vamos acionar a Justiça e vai caber a ela decidir, pois não aceitamos deixar as nossas linhas para concorrer a outras que são muito piores, que ninguém quis porque não tem demanda de passageiros. Como vamos pagar as prestações de nossos veículos? A licitação que ocorreu antes está errada e precisa ser refeita. De modo algum vamos deixar de atuar em nossas linhas”, disse Prudente.