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Foi apenas os prefeitos terem acesso às informações institucionais sobre a situação das prefeituras, que eles viram que o ‘buraco’ é bem mais embaixo.
O prefeito de União dos Palmares, Beto Baía (PSD), conheceu essa realidade ao se deparar com um verdadeiro caos administrativo e decretou situação de emergência administrativa na prefeitura.
Em decreto publicado na edição de ontem, do Diário Oficial do Estado, Baía declarou situação de anormalidade e situação de ‘total desorganização administrativa’ nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social.
A Prefeitura de União poderá realizar contratações emergenciais, por meio de dispensa de licitação, por um prazo de 180 dias. Para fins de contratação, os titulares das pastas municipais devem encaminhar ofícios ao prefeito descrevendo a gravidade da situação requerida para efetivar a contratação.
O decreto faz alusão ainda a contratação imediata de veículos para a municipalidade, por exemplo. O texto do decreto diz que, caso não seja possível a contratação de empresas que prestem locação de veículos, poderá ser feita contratação direta dos proprietários dos automóveis, identificando o veículo, chassi, a placa e a finalidade da contratação.
Ficam ainda suspensas as compras públicas. A partir de agora, apenas o Gabinte do Prefeito pode autorizar expressamente a realização das transações.
Baía justificou a instalação da situação de emergência administrativa diante da situação caótica que ele encontrou na administração pública palmarina. Ausência de medicamentos essenciais nos postos de saúde, falta de merenda escolar nas instituições de ensino, carência de material de expediente, sobretudo, de limpeza nos órgãos públicos, foram apenas alguns dos motivos alegados.
Pesou também para a proclamação do decreto a operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, que colheu uma série de documentos da prefeitura, ainda no mês de dezembro. A farta seleção de documentos deve apurar indícios de fraudes em licitação, durante a gestão de Areski Freitas, o Kil (PTB).
Seguem paralisados ainda o serviço de limpeza urbana, transporte escolar e outros, paralisados ainda na gestão anterior.