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carloa serqueira
Com pouco mais de cinco mil habitantes, Palestina, município no Sertão de
Alagoas, a 225 km da capital, deve ter um início de ano novo inusitado. Pelo
menos até ontem, ninguém sabia quem irá tomar posse como prefeito da cidade. Na
semana passada, o juiz Bruno Acioli Araújo, da 11ª Zona Eleitoral, proibiu a
diplomação e posse do prefeito eleito, José Alberto Barbosa dos Santos (PTdoB).
Após quase três meses do término da eleição, a chapa dele ainda não teve
registro de candidatura deferido pela Justiça.
Tudo começou com a prisão
do candidato a vice-prefeito Gedilson Costa da Silva (PR), na antevéspera da
eleição, 5 de outubro. Gel, como é conhecido, foi detido com R$ 8 mil pela
Polícia Federal, acusado de comprar votos. Ele desistiu da disputa. Segundo o
juiz, a chapa de José Alberto, na noite do sábado, 6, foi até o cartório
eleitoral encaminhar o registro de Khatiane Janine Medeiros, substituta de Gel.
Mas o cartório estava fechado.
O grupo da situação, então, só protocolou
pedido de registro da vice no domingo, dia do pleito. E o pedido, até ontem, não
havia sido julgado. De acordo com o juiz, a decisão ficará para depois do dia 7
de janeiro, quando a Justiça Eleitoral retorna do recesso.