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O Tribunal de Justiça de Alagoas rejeitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra o deputado estadual Antônio Albuquerque na manhã de hoje (18), no processo que investiga o assassinato do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves da Silva Filho, o Cabo Gonçalves, em 1996.
Segundo o relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, não há elementos suficientes que comprovem a denúncia feita pelo ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante de que Albuquerque teria participado do encontro para planejar a morte do Cabo Gonçalves.
O depoimento era a única prova do processo que ligava o vice-presidente da Assembleia Legislativa alagoana ao crime.
Em julgamento no ano passado, o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, acusado de contratar os executores do crime do cabo Gonçalves, confessou o crime e apontou três políticos como mandantes: João Beltrão, o ex-deputado e delegado Francisco Tenório e o deputado estadual Antônio Albuquerque.
Segundo Cavalcante a ordem para matar Gonçalves foi dada numa reunião dos três deputados, com a presença dele, na fazenda de Antônio Albuquerque. Os três parlamentares negam o crime.
O cabo Gonçalves havia acusado Cavalcante de participação em diversos crimes, supostamente encomendados pelo deputado estadual João Beltrão e outros políticos.