agênciaalagoas //
clarice maia
Denúncias informais de que, em diversos locais do Estado, pessoas estariam ateando fogo na vegetação seca tem preocupado o Instituto do Meio Ambiente (IMA). De modo acidental ou proposital, a prática, aliada à diminuição das chuvas e ao aumento do calor – típicos dessa época do ano –, coloca em risco a vegetação, a biodiversidade existente, os moradores e, em alguns casos, nascentes de rios que abastecem importantes açudes, como o do Catolé.
Segundo informações de moradores, geralmente o fogo é colocado com o intuito de queimar lixo ou folhas secas. Entretanto, há problemas como os tocos de cigarros acesos, pequenas fogueiras e pessoas que agem de modo criminoso para produzir carvão ou ‘limpar’ determinados locais.
“O problema é que, dessa forma, se coloca em risco o que ainda resta de vegetação nativa, além de ser arriscado também para as pessoas que vivem próximo às áreas incendiadas”, explicou Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA.
Ele informou que, nessa época do ano, aumentam os números de denúncias e de registros de ocorrências. Por exemplo, na terça-feira (4), pela segunda vez em uma semana, técnicos do IMA percorreram, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho, em atendimento a denúncias de fogo na região. Foram constatados cinco pontos de queimada, sendo dois de maiores proporções, com 5.617m², e três pequenas áreas de queima de lixo.
“Segundo os moradores da Vila da Goiabeira, em Fernão Velho, os incêndios foram provocados por vândalos da região. Mas não descartamos a possibilidade da perda do controle do fogo em queimadas de lixo”, disse Ykson Tenório, chefe da APA. O clima seco e quente dessa época do ano é um fator que facilita o alastramento do fogo. Em Fernão Velho, os técnicos mapearam as áreas incendiadas e alertaram a população quanto aos cuidados necessários.
Em caso de incêndio, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente através do número 193. O IMA pode ser informado e receber denúncias através do Disk Ecologia: 0800-082-1523, do telefone 3315-1738 ou do email info@ima.al.gov.br .