Logo após o EMERGENCIA190 divulgar, com exclusividade, detalhes que comprometem a versão apresentada por uma equipe de policiais militares lotados no 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) de que um morador de rua teria sido morto enquanto reagia a prisão, o comando da Polícia Militar de Alagoas divulgou através de nota que os militares envolvidos no episódio estão detidos administrativamente pelo prazo de 72 horas – a partir desta quinta-feira, 29.
O morador de rua Genivaldo Quirino Alves, 30, foi morto na madrugada da última terça-feira, 27. Na versão inicial, “China”, como a vítima era conhecida, “atacou” os militares que faziam rondas no bairro de Jaraguá, em Maceió. No momento o homem, que era natural do Estado de Pernambuco e em Maceió morava em um barraco com uma mulher grávida, investiu contra a equipe militar e na luta teria tentado apanhar a arma de um dos policiais, sendo alvejado com um tiro na região da cabeça, morrendo quando era levado, pelos próprios pms para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Mas uma testemunha do caso, em entrevista ao EMERGENCIA190, desmentiu a versão e disse que estava com a vítima na Praça Dois Leões, quando os militares chegaram e após espancar Genivaldo, o colocaram a força na mala do carro da PM, seguindo até sua residência há cerca de 500m.
Já no barraco onde a vítima morava, “China” teria sido colocado de joelhos e após ser obrigado colocar a cabeça na cama, foi morto com um tiro de arma automática.
A mulher da vítima disse que tentou impedir o crime, mas foi obrigada pelos militares a se afastar. Foi neste momento, que ouviu o grito do marido pedindo “pelo amor de Deus” e em seguida um tiro.
O EMERGENCIA190 ouviu o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Gilberto Irineu, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dimas Cavalcante, o juiz Maurício Breda que é presidente do Conselho Estadual de Segurança e o professor de medicina legal e coronel reformado George Sanguinetti. Todos ficam surpresos com o caso. Sanguinetti e Gilberto Irineu confirmaram que pelas imagens não haviam dúvidas de que houve uma crua execução sumária
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