mais.al //
*Centro de Pesquisas sobre Dependência da Universidade do Texas (EUA)
Ninguém sabe ao certo por que certos indivíduos desenvolvem dependência química e outros não, apesar de consumirem as mesmas drogas, na mesma quantidade e pelo mesmo período.
Mas há evidências cada vez mais concretas de que o vício seja uma doença do cérebro. Algumas pessoas apresentariam alterações em uma área chamada sistema de recompensa, responsável por receber estímulos de prazer e transmiti-los ao resto do corpo.
É nessa área que as drogas atuam, gerando uma ilusão temporária que leva essas pessoas a consumi-las de forma compulsiva - não só para ter prazer mas para evitar o extremo mal-estar que a abstinência produz. Nesses consumidores, alguns componentes do sistema de recompensa estariam desregulados.
Portanto, a droga ajudaria a consertar um desajuste específico, impedindo a pessoa de interromper o vício sem ajuda, diz Carl Erickson, diretor do Centro de Pesquisas sobre Dependência da Universidade do Texas, nos EUA. Ou seja: os entorpecentes, por si sós, não causariam dependência.
A pessoa com predisposição - talvez genética - é que desenvolveria a doença ao ser exposta a uma droga. Isso explicaria por que alguns podem fumar maconha ou cheirar cocaína sem ficar viciados, enquanto outros jamais seriam capazes de conter a fissura.
QUANTOS USUÁRIOS VIRAM DEPENDENTES?*
Heroína- Acima de 30%
Crack - 17 a 20%
Cocaína - 16%
Álcool - 10 a 12%
Metanfetamina - 11%
Maconha - 8%