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Está na pauta de julgamentos, da próxima quarta-feira (14), do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF 5), em Recife, a apreciação do processo referente aos atos de improbidade administrativa oriundos da ‘Operação Guabiru’.
Prefeitos foram presos pela Polícia Federal, em maio de 2005, acusados de desviar recursos da merenda escolar.
O processo, que tem como relator o desembargador Marcelo Navarro, julga 17 prefeitos e ex-prefeitos. São eles, Neiwton Silva (PSDB), de Igreja Nova; Cícero Cavalcante (PMDB), de São Luís do Quitunde; Paulo Roberto Pereira, o Neno da Laje (PMDB), ex de São José da Laje; Marcos Paulo (PSD), ex que foi eleito este ano em Matriz do Camaragibe; Carlos Eurico Leão e Lima, o Kaíka (PMDB), de Porto Calvo; Fábio Lira (PSC), de Feira Grande; e José Hermes, de Canapi.
São réus ainda secretários municipais e o líder da quadrilha, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o empresário Rafael Torres, ex-prefeito de Rio Largo.
Todos são acusados de desviar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e de lavagem de dinheiro. O esquema pode ter desviado R$ 1,8 milhão, segundo a Polícia Federal.
De acordo com o MPF, entre os anos de 2001 e 2005, uma organização criminosa foi formada e estruturada para executar fraudes a licitações, apropriação indevida de verbas e bens públicos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
As infrações foram identificadas em, no mínimo, dez prefeituras alagoanas, segundo as auditorias realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU).
No TJ
Na instância estadual, a ação penal que julga o desvio de merenda escolar no município de Igreja Nova - desdobramento da Operação Guabiru - foi retirada de pauta esta semana e já tem data certa para retornar ao Pleno do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ/AL).
O prefeito Neiwton Silva (PSDB) e seu ex-secretário de Finanças, Paulo Roberto de Oliveira Silva (PSDB) vão a julgamento no dia 13 de novembro, às 9h. Tanto o prefeito, como o ex-secretário, que foi candidato a prefeito derrotado nas urnas este ano, estão sendo acusados pelo Ministério Público Estadual (MP/AL) de fraude em licitação na merenda, esquema descoberto por meio da operação Guabiru, da Polícia Federal, em 2005.
Entramos em contato com o advogado que defende o prefeito Newiton Silva, Vagner Paes, e ele se negou a comentar o caso. Entretanto, tivemos acesso ao processo do caso.
Para o pescado
Em particular, no caso de Igreja Nova, de acordo com a denúncia feita pelo MP/AL, a verba destinada à Educação do Município foi utilizada para a compra de pescado, distribuídos à população durante a Semana Santa do ano de 2005. Foram gastos R$ 44.650 com a compra de 11.250 quilos de peixe corvina, pagos à Ifril – Indústria de Frios e Pesca Ltda.