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luiz orlando carneiro
Com a posse do catarinense Teori Zawascki, no fim do mês, como sucessor do paulista Cezar Peluso, e com a aposentadoria compulsória do sergipano Ayres Britto, no próximo dia 18, o Supremo Tribunal Federal fica sem nenhum nordestino na sua composição.
Dos 10 ministros que formarão a Corte – pelo menos até que seja preenchido o lugar de Ayres Britto – nove nasceram no Sudeste: Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli em São Paulo; Marco Aurélio e Luiz Fux no Rio de Janeiro; Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia em Minas Gerais; Rosa Weber no Rio Grande do Sul; Teori Zawascki em Santa Catarina. A única exceção é Gilmar Mendes, natural do Mato Grosso.
Os nordestinos
Desde o fim da década de 60, o STF sempre contou com ministros oriundos do Nordeste: os paraibanos Djaci Falcão e Rafael Mayer, o piauiense Aldir Passarinho, o maranhense Carlos Madeira e o baiano Ilmar Galvão. Este último aposentou-se em 2003, e teve como sucessor o atual presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto.
Especulação
Assim é que crescem as especulações de que a presidente Dilma Rousseff escolheria um nordestino de “notável saber jurídico e reputação ilibada” para a vaga de Britto. Ou então para suceder Celso de Mello, que ameaça se aposentar, aos 67 anos, no início do ano que vem.