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O novo prefeito de Maribondo, Aremilton Fernandes, toma posse nesta sexta-feira (26), na Câmara de Vereadores, e já adiantou que as suas primeiras medidas à frente do executivo municipal serão extinguir cinco das nove secretarias existentes e exonerar todos os cargos comissionados da prefeitura municipal. Segundo o novo gestor, as medidas visam enxugar a folha e garantir o pagamento dos funcionários até o final do ano.
Fernandes, que era vice-prefeito, assume o cargo após o Ministério Público Estadual (MPE) ter afastado ontem (25) o prefeito José Márcio Tenório de Melo, o Zé Márcio (PSC), por atos de improbidade administrativa. Zé Márcio estava no final de seu primeiro mandato e não concorreu à reeleição, alegando motivos de saúde.
Apesar da situação de caos administrativo, Aremilton Fernandes disse que vai tentar minimizar os problemas vividos pelo município. “Sei que o que eu vou enfrentar é uma ‘batata quente’. A prefeitura está quebrada e vive um caos na administração. Estou ciente de tudo, mas conheço as rotinas administrativas e tenho formação suficiente para tentar corrigir os erros cometidos pela administração municipal”, disse Fernandes.
Serão extintas as secretarias do Trabalho, Agricultura, Esporte e Lazer, Assistência Social e Infraestrutura. Permanecem com o funcionamento normal as secretarias de Educação, Saúde, Finanças e Administração. Segundo Fernandes, a demanda de trabalho das secretarias extintas será atendida pelas secretarias que permanecem sem alterações.
Com o objetivo de contar gastos, o novo prefeito vai exonerar todos os 52 funcionários com cargos comissionados, incluindo os secretários do município. “Temos que cortar gastos, para poder garantir o pagamento dos salários dos servidores efetivos nos meses de novembro e dezembro. Ou acabamos com os comissionados ou não teremos como pagar os efetivos”, explicou.
Sobre os salários atrasados, Fernandes disse que não pode fazer nada para resolver a situação, pois o atrasado é da gestão anterior. Somente em dezembro, caso sobre dinheiro em caixa, é que o prefeito vai pedir autorização ao poder judiciário para quitar o débito com os servidores.
“Nossa preocupação é daqui pra frente. A lei impede que possamos interferir nesses atrasos e também não temos dinheiro para isso. Somente em dezembro é que saberemos se vamos ter condições de realizar os pagamentos” afirmou Aremilton Fernandes.