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Brasil
19/10/2012 09:38:40

PMs de São Paulo matam alagoano na frente da filha de quatro anos

PMs de São Paulo matam alagoano na frente da filha de quatro anos
Everton foi morto pela polícia de São Paulo

tudonahora //

 

A morte de um alagoano em São Paulo vem gerando protestos no Jardim Ângela, na Zona Sul da capital paulista. Everton de Andrade Silva foi executado a tiros, na última terça-feira (16), quando brincava com a filha de quatro anos na porta de casa. Testemunhas apontam um grupo de policiais militares que estavam à paisana na região como os autores do crime.

 

Everton de Andrade estava na capital paulista há cerca de dois anos e trabalhava há oito meses em um restaurante de luxo. Na última terça-feira, antes de ir para o trabalho ele estava sentado no batente de casa com a filha, quando um grupo de policiais chegou perguntando onde estava a droga. Naquele momento, de acordo com testemunhas, os homens mataram o alagoano e um outro rapaz que estava no local.

 

A outra vítima já havia sido presa por tráfico de drogas e a polícia suspeita que Everton Andrade tenha sido morto porque presenciou a morte do vizinho.

 

A esposa do alagoano, que pediu para não ter o nome revelado, contou à imprensa paulistana que o marido ainda chegou a mostrar a carteira de trabalho para os policiais, dizendo que era trabalhador e não tinha envolvimento com tráfico, mas a atitude não o salvou da morte.

 

Um irmão do auxiliar de cozinha que também mora em São Paulo, Evaldo de Andrade da Silva, contou que Everton estava feliz com a família na capital paulista e fazia planos, inclusive, para comprar um imóvel. "Foi um absurdo o que fizeram com ele", disse Evaldo, em entrevista à

 

Rede Record.

 

Nesta quarta-feira (18), os moradores do Jardim Ângela fizeram um protesto contra o suposto grupo de extermínio formado por policiais militares que teriam matado o alagoano.

 

O protesto de ontem foi pacífico, bem diferente do ocorrido na noite de teça-feira, quando uma das principais avenidas do bairro foi fechada e houve confronto entre moradores e policiais militares.

 

A família de Everton de Andrade tenta agora levantar o valor de quase R$ 5 mil para fazer o traslado do corpo do auxiliar de cozinha de São Paulo para ser sepultado em Maceió, o que ainda não há data para acontecer.