tudonahora //
A morte de um alagoano em São Paulo vem gerando protestos no Jardim Ângela, na Zona Sul da capital paulista. Everton de Andrade Silva foi executado a tiros, na última terça-feira (16), quando brincava com a filha de quatro anos na porta de casa. Testemunhas apontam um grupo de policiais militares que estavam à paisana na região como os autores do crime.
Everton de Andrade estava na capital paulista há cerca de dois anos e trabalhava há oito meses em um restaurante de luxo. Na última terça-feira, antes de ir para o trabalho ele estava sentado no batente de casa com a filha, quando um grupo de policiais chegou perguntando onde estava a droga. Naquele momento, de acordo com testemunhas, os homens mataram o alagoano e um outro rapaz que estava no local.
A outra vítima já havia sido presa por tráfico de drogas e a polícia suspeita que Everton Andrade tenha sido morto porque presenciou a morte do vizinho.
A esposa do alagoano, que pediu para não ter o nome revelado, contou à imprensa paulistana que o marido ainda chegou a mostrar a carteira de trabalho para os policiais, dizendo que era trabalhador e não tinha envolvimento com tráfico, mas a atitude não o salvou da morte.
Um irmão do auxiliar de cozinha que também mora em São Paulo, Evaldo de Andrade da Silva, contou que Everton estava feliz com a família na capital paulista e fazia planos, inclusive, para comprar um imóvel. "Foi um absurdo o que fizeram com ele", disse Evaldo, em entrevista à
Rede Record.
Nesta quarta-feira (18), os moradores do Jardim Ângela fizeram um protesto contra o suposto grupo de extermínio formado por policiais militares que teriam matado o alagoano.
O protesto de ontem foi pacífico, bem diferente do ocorrido na noite de teça-feira, quando uma das principais avenidas do bairro foi fechada e houve confronto entre moradores e policiais militares.
A família de Everton de Andrade tenta agora levantar o valor de quase R$ 5 mil para fazer o traslado do corpo do auxiliar de cozinha de São Paulo para ser sepultado em Maceió, o que ainda não há data para acontecer.