Diante dos números apresentados pelo último Boletim Epidemiológico da Dengue, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta que este é o período de preparação para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Isso porque os dados notificados até esta semana, revelam que é no mês de janeiro que o Estado apresenta um índice maior de infestação, enquanto no período de março a abril foi constatado o aumento de casos da doença.
De acordo com a técnica Isolda Wanderley, da Vigilância Epidemiológica Estadual, os dados mostram que, no período atual, a tendência dos casos é sofrer redução, mas o alerta deve continuar, pois a situação pode mudar completamente no início do ano. Isso porque o mês de janeiro é caracterizado pelo período de chuvas leves, ocasionando o acúmulo de água em alguns recipientes, contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue. Por outro lado, a falta de água – proveniente do calor da estação – colabora para o surgimento de criadouros, além do descarte incorreto de descartáveis, que aumenta no período turístico.
“O combate ao vetor Aedes aegypti é uma prática contínua e sem interrupção. Tanto o gestor como o profissional da Saúde e o cidadão devem ficar atentos para que a doença não evolua para os casos graves. Para isso, é preciso atuar nesse período preparatório – mesmo com a redução dos casos de dengue – para que não tenhamos surpresas no verão”, esclareceu Isolda Wanderley.
Em razão desse período preparatório, a Sesau conscientiza a população para que seja respeitada a fase da vigilância epidemiológica ao mosquito da dengue. Para isso, os municípios devem cumprir o que é preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), garantindo o controle da situação do Aedes aegypti, por meio de um trabalho contínuo em todo o Estado.
Avaliação
No período de 4 a 8 de novembro, a Vigilância Epidemiológica Estadual vai reunir os 102 coordenadores municipais de Vigilância Epidemiológica do Estado, a fim de avaliar e monitorar o controle da dengue em cada município. O encontro vai acontecer no auditório do Memorial à República, no bairro do Jaraguá, em Maceió.
Segundo Isolda Wanderley, a reunião é importante para esclarecer sobre a Portaria 2.577 do Ministério da Saúde. Ela se refere ao incentivo ofertado a 72 municípios alagoanos para que realizem o controle da dengue, monitorando o alcance das metas dos municípios para avaliar o repasse dos recursos em 2013. Ainda de acordo com a técnica da Sesau, “foram adotadas as medidas pertinentes para a prevenção, como a busca ativa de casos, acompanhamento dos níveis de infestação predial, intensificação do combate ao vetor, além de educação em saúde, comunicação e mobilização social”, salientou.
Dados atualizados
Até o dia 24 de setembro de 2012, os 102 municípios alagoanos notificaram 30.481 casos suspeitos de dengue. Em relação ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 9.657 casos, ocorreu um aumento de 215,64% nas notificações da doença. Foram registrados 516 casos suspeitos das formas graves, representando um aumento de 137,79%, comparado ao ano de 2011, com 217 casos. Com relação aos óbitos confirmados, houve uma redução de 26%, quando comparado os primeiros nove meses de 2011 (14 mortes), com o mesmo período deste ano, quando nove pessoas não resistiram aos sintomas da dengue.
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