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O TST (Tribunal Superior do Trabalho) marcou para amanhã, terça-feira (25), a audiência de conciliação entre os Correios e os funcionários em greve. Caso haja acordo entre as duas partes, o sindicato da categoria pode repassar a proposta aos sindicatos de base, que votarão a nova oferta.
Caso não haja acordo, o TST já marcou o julgamento do dissídio coletivo para a categoria para quinta-feira (27).
Os funcionários pedem 43,7% de reajuste salarial, aumento linear de R$ 200, tíquete-alimentação de R$ 35 e a contratação de 30 mil trabalhadores, entre outras reivindicações. A estatal ofereceu reajuste salarial de 5,2% (reposição da inflação dos últimos 12 meses), mas pode apresentar uma contraproposta amanhã.
Como em 2011, os Correios tentam novamente resolver a questão no TST. No ano passado, o tribunal decidiu pelo dissídio coletivo que deu reajuste de cerca de 6% e aumento linear de R$ 80 linear após 28 dias de paralisação.
Vinte e cinco dos 35 sindicatos regionais da instituição já aderiram à greve. Os dez restantes realizam assembleias até amanhã para decidir se também param.
A paralisação já causou a suspensão dos serviços com hora marcada --Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta-- para a cidade de São Paulo e a região metropolitana, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Tocantins e o SEDEX Hoje e o Disque-Coleta para o Rio de Janeiro.
Segundo os Correios, 10.891 funcionários não estão trabalhando --9% dos 120 mil empregados--, menos que os 10.938 de sexta-feira. Eles dizem usar o sistema de ponto eletrônico da empresa para aferir a mobilização da categoria.
GARANTIA DE 40%
Após tentativa frustrada de conciliação na quarta-feira passada (19), o TST determinou que ao menos 40% dos trabalhadores da estatal trabalhem durante a greve. Caso descumpra a orientação, a Fentact (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), sindicato que representa os grevistas, receberá multa diária de R$ 50 mil.