Polícia não descarta atentado político em explosão que destruiu equipamentos de rádio em União

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Uma explosão na manhã desta quinta-feira (12) assustou moradores da cidade de União dos Palmares, no interior de Alagoas.

Dois homens, ainda desconhecidos, explodiram uma bomba – possivelmente caseira – no prédio da Rádio Farol FM de propriedade do deputado federal João Caldas (PEN) e que é localizada no 1º andar de uma residência, na Rua Tavares Bastos. Apesar da forte explosão ter destruído alguns equipamentos da emissora, ninguém ficou ferido. O diretor da rádio, Lucas Garcia confirmou que os desconhecidos entraram no prédio por volta das 4h, logo após a saída do vigilante.

O caso foi imediatamente comunicado a Polícia Militar (PM) e a Delegacia Regional da cidade, mas ninguém foi preso. Informações chegadas a Polícia dão conta que os suspeitos fugiram em um a moto.

O atentado aconteceu menos de 12 horas após a divulgação de áudios contendo uma conversa do ex-governador e candidato a prefeito Manoel Gomes de Barros com o atual prefeito de União, Areski Freitas e alguns de seus correligionários. O diálogo comprova Mano negociando a utilização da máquina pública para garantir sua vitória à sucessão de Kill. A gravação foi inicialmente divulgada em um dos programas da rádio que tem feito oposição ao atual prefeito e seu grupo político.

A coincidência entre a denúncia e a explosão, na opinião de alguns policiais, pode estar relacionado a um atentado político. A mesma opinião é seguida por delegados da Polícia Federal (PF) que ainda aguardam a pericia do Instituto de Criminalística (IC) e a conclusão da Polícia Civil para assumir as investigações. A situação política no município forçou uma reunião na manhã desta quinta-feira de integrantes da Força Nacional (FN) que deve adotar uma nova modalidade de policiamento. A ordem é que os militares da FN se empenhe mais nos patrulhamentos e que apure e prenda qualquer pessoas suspeita.

Não está descarta operações conjuntas entre a FN, Polícia Militar e até a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que tem recebido denúncias de que várias pessoas guardam armas dentro de suas residências e que em algumas fazendas na região a segurança é realizada por jagunços armados.