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railton teixeira
Os agentes de Polícia Federal paralisaram as atividades em todo o país desde o início da manhã desta terça-feira, dia 7, e em Alagoas a situação não é diferente. De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais em Alagoas, há dois anos que a categoria vem negociando com o Governo Federal a reestruturação da carreira e, segundo eles, os servidores federais cansaram, uma vez que não podem esperar a vida inteira.
“É a melhor maneira do governo fazer negociação, desta forma eles definem data, prometem e não cumprem. O governo já foi oposição e entende muito bem esta política”, destacou o presidente do sindicato, Roberto Cavalcante, enfatizando que a categoria vem negociando com o Governo uma lei que especifique a função de cada servidor. “Hoje não há uma lei que diga o que um delegado faz ou um escrivão, ou seja, todo mundo é agente e faz a mesma função, ou não? Já que não tem uma lei que nos reconheça como carreira”, enfatizou.
Ainda segundo o sindicalista, apenas os agentes de polícia e os escrivães param as atividades, mantendo apenas os 30% dos agentes e os serviços básicos, previstos em lei. “É importante deixar bem claro que os delegados e peritos federais não aderiram à nossa paralisação, mas 30% dos agentes vão realizar os serviços essenciais”, disse.
Ainda nesta manhã os agentes entregaram as armas, segundo Cavalcante, com o objetivo de mostrar que a manifestação é pacífica. “É uma entrega simbólica, as armas são nossas, é nosso instrumento de trabalho, mas é para que não aconteça o que ocorreu no estado da Bahia, onde os policiais armados estavam na manifestação e ocorreu aquele juízo de valor”, enfatizou.