tudonahora //
sidney tenório e flávia batista
Equipes da Polícia Civil, chefiadas pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE) cumprem mais uma etapa da Operação Clone, na manhã desta sexta-feira (3). Eles fazem uma busca em lojas e estabelecimentos comerciais de Maceió, incluindo uma de um shopping center na parte alta da cidade. A ideia é apreender materiais e equipamentos que capturavam dados de cartões de clientes.
Num shopping center da parte alta da cidade, as equipes policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em uma loja de eletrônicos. A informação é de que a loja funcionava como receptadora de artigos que eram comprados com cartões de crédito clonados. Durante as buscas, a polícia descobriu que nenhum produto da loja possui nota fiscal e lacrou o estabelecimento.
Os policiais, chefiados pelo diretor Metropolitano da Polícia Judiciária, Carlos Reis, analisam todas as notas fiscais para comprovar a procedência dos produtos comercializados na loja.
Diversos computadores, uma motocicleta eletrica, e outros equipamentos eletrônicos foram apreendidos e foram encaminhados a sede do Ministério Público, no bairro do Poço.
Segundo o Advogado da loja, Álvaro Costa, os produtos tem procedência legal. "Todas as mercadorias são legais, os documentos só não estão aqui porque ficam na loja sede, que fica em outro local. Fomos pegos de surpresa e não deu tempo de providenciar tudo, mas, até segunda-feira, vamos apresentar toda documentação necessária para que atividades da loja possam ser retomadas".
A operação também apreendeu todos os computadores e máquinas de cartão de crédito da Farmácia Guararapes do shopping. Segundo a polícia, todos os equipamentos estavam infectados com o vírus que roubava os dados dos clientes para a quadrilha. A loja não foi fechada e segue funcionando normalmente.
No total, as equipes policiais cumprem 15 mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. O primeiro deles foi cumprido na Ivanildo Motos, revendedora de veículos usados estabelecida na Avenida Fernandes Lima.
Segundo informações de um dos presos durante a primeira fase da operação, Renato Eric, a loja funcionava como receptora de motos de trilhas, compradas pela quadrilha com os cartões clonados.
Segundo o promotor Luis Tenório, ainda não é certo de que haverá pessoas presas nesta nova fase da Operação. "Tudo dependerá do grau de envolvimento dos proprietários das lojas com a quadrilha", adiantou.
As equipes policiais devem percorrer várias lojas na capital alagoana para apreender equipamentos que capturavam dados de cartões de crédito.
O cumprimento dos mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital é a quarta e provavelmente última etapa da Operação Clone, que foi deflagrada no dia 23 de julho. Durante a ação policial, 24 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão foram cumpridos.
A quadrilha, formada majoritariamente pode jovens de classe média alta, chegou a movimentar cerca de R$ 500 mil por semana em golpes contra operadoras de cartões de crédito. Em um apartamento no bairro da Serraria, os policiais apreenderam cerca de R$ 20 mil.
Segundo a polícia, o grupo usava os cartões clonados para comprar roupas de marca, carros, jet ski.